O carnaval leva milhares de pessoas às ruas em diversas cidades do país e, com isso, são geradas expressivas quantidades de resíduos sólidos, como embalagens, latas e garrafas. Para minimizar os impactos ao meio ambiente, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta os gestores ao citar a adoção de medidas educativas que podem direcionar os foliões nas celebrações da festa mais popular do país.
Os Municípios e a sua população podem se planejar para que o carnaval ocorra da melhor maneira, sem transtornos para a população com o acúmulo de resíduos sólidos pela cidade. Uma dica simples seria o incentivo às pessoas utilizarem copo reutilizável, evitar o uso de canudos e procurar lixeiras específicas para descarte de embalagens, além de outras ações, como evitar o uso de aparatos que espalham resíduos, como por exemplo, a serpentina.
Vale lembrar que alguns Municípios com tradição no carnaval já promovem iniciativas para que a cidade permaneça limpa e com benefícios econômicos aos catadores. Em alguns locais, como Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), as parcerias ocorrem com o setor empresarial, visto que grande parte dos resíduos gerados são de embalagens em geral, ou seja, resíduos sujeitos a logística reversa. Os resíduos coletados durante as festas são destinados às cooperativas conveniadas com os Municípios.
Os catadores que trabalharem nos eventos terão alimentação, equipamentos de proteção individual e receberão referente ao quantitativo coletado e pelo dia trabalhado. Já o Município de Belo Horizonte (MG) fez uma parceria com o Ministério Público do Estado para remunerar os catadores de cooperativas/associações e autônomos que realizarem a coleta dos resíduos nos eventos, ação que será alinhada com o serviço dos garis da cidade.
Cuidados com a dengue
Vale ressaltar que os resíduos sólidos levados para as cooperativas devem ficar acondicionados de maneira adequada, ou seja, em locais cobertos até a comercialização, visto que, com o aumento de casos de dengue, a atenção precisa ser redobrada em relação ao acúmulo de líquidos em recipientes.
Logística reversa
Instituída pela Lei 12.305/2010, que define a Política Nacional de Resíduos (PNRS), a logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e à restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou mesmo outra destinação final ambientalmente adequada.
No entanto, algumas vezes o conceito de coleta seletiva e logística reversa se confundem. A lei define que a coleta seletiva é a coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição. A responsabilidade da coleta seletiva é do titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Por sua vez, a logística reversa de embalagens em geral é responsabilidade do setor empresarial.
Arena na Marcha
Na XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios realizada pela CNM entre os dias 20 e 23 de maio, os gestores poderão participar de uma arena técnica que abordará a gestão de resíduos sólidos com foco na coleta seletiva, bem como apresentará exemplos de boas práticas na coleta realizados por Municípios. Para participar, acesse o site oficial da Marcha e confirme a sua inscrição.
Foto: Agência Brasil
Fonte :Da Agência CNM de Notícias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário