São Paulo – A executiva municipal do PT em São Paulo anunciou, nesta terça-feira (16/1), que aceitará a refiliação da ex-prefeita Marta Suplicy e que não realizará prévias para definir a indicação do partido para a vaga de vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na disputa pela Prefeitura da capital paulista.
“A direção [municipal do PT] receberá de bom grado e dará as boas vindas à Marta”, anunciou Laércio Ribeiro, presidente do diretório municipal do PT e um dos coordenadores da campanha de Boulos.
A decisão foi tomada em uma reunião que durou mais de duas horas. De 16 membros da executiva, 12 votaram a favor do retorno de Marta e da não realização de prévias, uma pessoa votou contra, uma se absteve e outras duas não estavam presentes.
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“Não haverá prévias, ainda que tenham candidaturas se colocando no processo de disputa. E hoje não temos [as candidaturas]”, disse Laércio.
Segundo Laércio, a indicação de Marta para a vice se enquadra nos três pré-requisitos que o PT busca no posto: que seja, preferencialmente, uma mulher, que tenha experiência com gestão e que possa fazer a “defesa do PT”.
Sem prévias
Um dos defensores da realização de prévias para definir o vice de Boulos, o deputado estadual Eduardo Suplicy, ex-marido de Marta, compareceu à reunião e apresentou algumas sugestões para a campanha.
Ele mudou de ideia em relação às prévias e também passou a acolher o retorno da ex-prefeita após ter conversado pessoalmente com ela nessa segunda (15/1).
“Suplicy entendeu que era necessária a composição harmônica de uma frente ampla capaz de derrotar o bolsonarismo em São Paulo”, afirmou Laércio
Resistência à candidatura de Marta
O retorno de Marta ao PT também inclui a participação dela em rodas de conversas com as bancadas petistas.
Segundo Laércio, a ação visa “diluir” a resistência da filiação da ex-petista, que deixou o partido em 2015 em meio às investigações da Lava Jato e votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Laércio minimizou as críticas de alguns petistas ao retorno de Marta e lembrou que houve um questionamento interno sobre o apoio ao próprio Boulos, inclusive, já que será a primeira vez na história que o PT não terá um nome próprio na disputa à Prefeitura da capital.
Sem data para filiação
Embora o PT já tenha um cronograma pré-estabelecido para que a filiação da ex-prefeita seja feita em fevereiro, o presidente municipal evitou dar uma data específica pela dificuldade em lidar com diversas agendas, em especial, a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foi Lula quem fez o convite para que Marta retornasse ao PT, ainda no fim de 2023. Além disso, Marta também precisa enviar o pedido formal de filiação ao partido, que pode ser contestado por qualquer petista.
Para isso, o pedido de impugnação deve ser apresentado até sete dias depois da solicitação para filiação.
Fonte: Portal Metrópoles.
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