sábado, 15 de julho de 2023

O papel da governadora em 2024

De 1998 pra cá, nenhum governador que foi eleito quis bater de frente com o prefeito que estava no poder do Recife.  Os motivos seriam os mais diversos. Eleito governador em 1998, Jarbas Vasconcelos foi para a campanha e defendeu a reeleição de Roberto Magalhães. Magalhães era o favorito e foi derrotado por João Paulo (PT). Em 2004, Jarbas ainda no governo apresentou Cadoca que foi derrotado por João Paulo que estava em franco favoritismo em sua candidatura à reeleição.

Já em 2006, Eduardo se elegeu governador e contou no segundo turno com a força política e o prestígio de João Paulo, prefeito do Recife na época. Dizem que João Paulo se engajou mais na campanha de Eduardo no segundo turno do que na de Humberto Costa no primeiro. O motivo: João Paulo tentou ser o candidato do PT, mas Humberto acreditava que seria sua vez tendo em vista ele já ter ido para o sacrifício em 2002 quando enfrentou o franco favorito Jarbas Vasconcelos.

Eduardo retribuiu o apoio de João Paulo, apoiando João da Costa para prefeito. A aliança contou com o apoio do PSB na chapa. O indicado foi Milton Coelho que foi vice-prefeito da cidade de 2009 a 2012. Já em 2012, aproveitando a brecha de um desentendimento dentro do próprio PT, e com uma aprovação recorde após sua reeleição, Eduardo Campos avalizou o nome de Geraldo Júlio para Prefeito do Recife. 

Geraldo foi eleito ainda no primeiro turno, derrotando o PT. O socialista também derrotou o partido no ano de 2016 quando João Paulo tentou retornar a Prefeitura. Paulo Câmara havia sido eleito em 2014 e apoiou naturalmente Geraldo em sua reeleição. Foi durante o governo de Paulo Câmara que João Campos se elegeu prefeito do Recife.

Cenário

O cenário agora é completamente diferente de anos anteriores. Temos uma governadora que não é aliada do prefeito do Recife. Raquel Lyra e João Campos estão em campos opostos e muito provavelmente continuarão também durante a eleição. No entanto, ainda não se sabe o nome que receberá o apoio da governadora na disputa pela Prefeitura.

Nomes

A governadora tem em seu campo político dois nomes que são lembrados para concorrerem a Prefeitura do Recife: o atual secretário de Turismo, Daniel Coelho e a vice-governadora Priscila Krause, ambos do Cidadania. Quem também pode receber o apoio de Raquel Lyra é o deputado federal Túlio Gadelha caso consiga viabilizar seu nome pela Rede-PSOL, algo que não será fácil.

Nome em crescimento

Cresce nos bastidores a cada dia, a possibilidade do secretário de Turismo, Daniel Coelho, disputar a Prefeitura do Recife pelo Cidadania com o apoio da governadora Raquel Lyra. Em sendo confirmada a entrada de Daniel, será a terceira vez que vai disputar o pleito. Ele já se candidatou em 2012 e 2016.

Só em 2024

Em recente entrevista ao Roda Viva, Raquel Lyra disse que só pretende apresentar nomes do PSDB e aliados em 2024. Ou seja, em 2023, Raquel Lyra não deve tocar em assuntos políticos mas apenas assuntos administrativos. O apoio político de Raquel Lyra também será o fiel da balança em outros municípios estratégicos de Pernambuco.

O clima no Recife

Já na cidade do Recife existe hoje uma tendência bastante favorável ao prefeito João Campos como vem demonstrando diversas pesquisas dos mais diversos institutos. Não será uma tarefa fácil para os nomes que irão disputar pela oposição tendo em vista que o prefeito goza hoje de uma alta popularidade. 

Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte:Blog do Silvinho.

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