O senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse, nesta quarta-feira (12), em entrevista à CNN, que caso dependa dele, nenhum membro do Progressistas (PP) participará do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Nosso partido tem viés de oposição. Temos diferenças claras e marcantes sobre a forma de ver o país que tem o PT. Se depender de mim, nenhum filiado ao nosso partido irá integrar esse governo”, afirma Nogueira.
“E, se caso integrar, ninguém está proibido com isso, não vou fazer nenhum tipo de movimento para vetar nenhum nome, mas que seja feito individualmente. Em hipótese nenhuma o partido será envolvido numa aliança com um governo que nós não acreditamos e que a maioria do partido não concorda. Isso que é o mais importante”, prossegue.
O atual compromisso do governo Lula é de fazer mudanças ministeriais em agosto, dando tempo amadurecer algumas das promessas feitas para legendas como o Republicanos e o próprio PP.
A políticos petistas, Lula assegurou, na última sexta-feira (7), que irá escolher os locais para acomodar os novos aliados sem sangrar o PT. Atualmente, a sigla ocupa 10 dos 37 ministérios da Esplanada.
“Todos para dentro do governo. Mas só em agosto”, afirmou à CNN um dos líderes que esteve na reunião com Lula no Palácio da Alvorada.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também esteve no encontro.
“Lula está apalavrado conosco”, expôs um líder do Centrão.
Na mira das novas mudanças na Esplanada, o ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, poderia ir para outra pasta, se confirmada a mudança.
O PP indicou o líder do partido na Câmara, André Fufuca (PP-MA), para o lugar de Dias, que também se elegeu senador pelo PT em 2022. Mas Lula tem planos de não tirar Dias do primeiro escalão de governo e, se necessário, transferi-lo para outro ministério, o que ainda está em discussão.
A ministra do Esporte, Ana Moser, perderia a pasta para o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). A ex-atleta é considerada ministra da cota de Lula e não de partido.
Aliados de Lira também fizeram chegar ao Palácio do Planalto o nome que querem no comando da Caixa Econômica Federal. Trata-se do ex-ministro e ex-presidente do banco público Gilberto Occhi, segundo fontes próximas ao presidente da Câmara e ao governo.
Como a CNN mostrou na semana passada, os partidos do Centrão querem indicar um substituto para a atual presidente, Rita Serrano. A possibilidade de troca foi bem recebida pelo governo.
*Com informações de Basília Rodrigues e Larissa Rodrigues; produzido por Bárbara Brambrila
Fonte:Blog da CNN.
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