sábado, 25 de abril de 2020

Um caos chamado Brasil

Onde meteram nosso País? Onde estão os responsáveis que elegeram um psicopata para ficar no comando de um governo tão complexo para cuidar de 210 milhões de pessoas? Não erraria se afirmasse que foram os bilionários de São Paulo, sobretudo os banqueiros que proveram fundos ilimitados para bancar a campanha eletrônica mais cara do planeta, custando mais de R$ 1,5 bilhão.
A Folha de São Paulo foi atrás e encontrou uma pontinha do iceberg do que estava acontecendo. Mas em São Paulo se sabe que a maior parte foi feita ilegalmente dos Estados Unidos, pois os bilionários paulistas viram ser mais fácil burlar a justiça eleitoral ao pagarem no estrangeiro. Ocorre que na época da campanha houve farta prova de que quase todo o bombardeio eletrônico vinha de inúmeros lugares dos Estados Unidos.
E o Supremo que, através do ministro Fux, deu perdão a um crime de hediondo de racismo, depois das duas instâncias terem condenado o então deputado Bolsonaro, a partir de processo promovido pelo Ministério Público Federal. E todo o passado pregresso que era sabido por todos da vida de Bolsonaro, incluindo condenações por terrorismo, defesa aberta de torturadores, atos contra a democracia e contra os direitos humanos, vinculações profundas com o crime organizado, através das milícias, dentre um número sem fim de ficha corrida dominada por horrores.
E apesar de tudo, a elite das finanças de São Paulo mergulhou sem limite e viabilizou uma campanha bilionária, através de pagamentos ilegais no exterior. Não se pode jamais deixar isso no esquecimento. O Brasil tem que dar um basta à manipulação da política pela plutocracia dos barões dos bancos de São Paulo. Eles são os responsáveis reais pelo drama geral que nosso País sofre. A presença de Bolsonaro no governo federal é responsabilidade direta desse abuso de poder econômico sofrido pelo Brasil.
Estamos agora jogados ao caos, com um doente mental atormentando a vida nacional, agredindo a imprensa livre, gerando ódios sociais de todos os tipos. Rompendo com todos os padrões da legalidade e da moralidade. E vamos ter que nos arrastar até 2022 com esse drama. Afinal, Bolsonaro agora retornou ao seu ninho de lama do baixo clero e não tem força legal capaz de o tirar de lá.
Inquérito – O procurador-geral da República, Augusto Aras, já pediu abertura de inquérito no Supremo contra o presidente Bolsonaro. Apura os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça e corrupção passiva privilegiada. No pedido, Aras registra que, caso as declarações de Moro não se comprovem, pode ficar caracterizado o crime de denunciação caluniosa. “A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, escreveu no pedido.
Bate e rebate – O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, reagiu em uma rede social sobre a acusação do presidente Bolsonaro de que aceitaria mudanças na Polícia Federal desde que viesse a ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal. “Nunca” utilizei a permanência de Maurício Valeixo na Direção-Geral da Polícia Federal como “moeda troca” para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF)”, afirmou. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no Palácio do Planalto e disse que Moro afirmou a ele concordar demissão de Valeixo, mas em novembro, depois de ser indicado para o STF.
Panelaços – Enquanto o presidente rebatia, ontem, na TV, ao vivo, as acusações de Sérgio Moro, várias capitais registraram panelaços. Foi a segunda manifestação registrada, ontem, contra o presidente. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife, por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de gritos “fora, Bolsonaro”. Muitas pessoas também bateram panelas para se manifestar. O anúncio da demissão ocorreu após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, homem de confiança de Moro. O ex-juiz disse que foi pego de surpresa com a publicação do ato no “Diário Oficial”. O presidente, em seguida, anunciou que daria uma entrevista para “restabelecer a verdade” sobre a demissão do ministro.
Moro candidato – O presidente disse, na sua fala, que durante a gestão de Moro, a Polícia Federal estava mais preocupada em investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro, que o atentado sofrido por ele durante a campanha eleitoral. Insinuou que o ex-ministro saiu atirando inverdades porque tem como projeto de vida disputar à Presidência da República em 2022. “Se Moro queria ter independência e autoridade deveria se candidatar”, afirmou, reafirmando que é prerrogativa do presidente da República de nomear quem queira e a Polícia Federal não seria uma ilha no seu Governo.
CURTAS
EGO INFLADO – Bolsonaro abriu a sua fala afirmando que Moro só tem compromisso “com o próprio ego”, “consigo próprio” e “não com o Brasil”. Antes de fazer o pronunciamento, o presidente da República afirmou em uma rede social que iria restabelecer “a verdade” na fala à imprensa. “Sabia que não seria fácil. Uma coisa é você admirar uma pessoa. A outra é conviver com ela, trabalhar com ela. Pela manhã, por coincidência, tomando café com alguns parlamentares eu lhes disse: “Hoje (ontem), vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil”, declarou.
NONA MUDANÇA – Com a saída de Moro, é a nona vez que um ministro deixa o cargo no governo Bolsonaro - desses, seis saíram do governo e três continuaram (Onyx Lorenzoni saiu da Casa Civil e foi para a Cidadania; Floriano Peixoto saiu da Secretaria Geral e foi para a presidência dos Correios; e Gustavo Canuto deixou o Desenvolvimento Regional e foi para a presidência da Dataprev). Moro afirmou que saiu do Ministério para preservar a própria biografia e para não contradizer o compromisso que assumiu com Bolsonaro: de que o governo seria firme no combate à corrupção.
SINAL PARA CAIR FORA – Segundo Moro, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) mentiu ao dizer em uma rede social que a exoneração foi “a pedido”. “Fato é que não existe nenhum pedido feito de maneira formal. Sinceramente, fui surpreendido, achei que isso foi ofensivo. Vi depois que a Secom confirmou que houve essa exoneração a pedido, mas isso de fato não é verdadeiro”, afirmou. Ele disse ainda que, esse fato, demonstrou que Bolsonaro queria vê-lo fora do governo.
Perguntar não ofende: O próximo a cair na próxima semana será o ministro da Economia, Paulo Guedes?
Fonte: Blog do Magno Martins.

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