Sabe aquele velho conselho que se dá aos infamados? Coloca uma melancia na cabeça para ter alguns momentos de fama! Foi essa a primeira impressão que tive ao postar, ontem, neste blog, a agressão tempestuosa, racista e de analfabeto, do mais inculto dos sulistas que querem ser mais gente do que nós, de um tal Murilo Couto. Antes da sua agressão irracional a um dos símbolos do mais autêntico forró pé-de-serra, o cantor Assisão, de Serra Talhada, juro por meus filhos perante o altar, que nunca tinha ouvido falar nesse lixo.
Um selvagem comodongo, sub-produto do pior humor que se inventou na TV brasileira. Ele, sim, é sub-raça, tem cocô de galinha no cérebro. Aliás, fico em dúvida se tem mesmo neurônios ou raciocina com a cabeça de baixo. Assisão é orgulho nordestino, veio ao mundo em Serra Talhada, a mesma talhada serrana que ofereceu ao mundo Lampião e Agamenon Magalhães, duas das maiores celebridades com projeção mundial.
Fama se constrói com talento, competência, charme e respeito, nenhum dos adjetivos aplicáveis ao pseudo-humorista, verme, que arrota uma malsucedida tentativa de humor com viés de escracho, mas que não consegue alegrar nem cativar ninguém, porque lhe falta o essencial: inteligência e capacidade de fazer gracinha. Seu riso falso é a excrescência da excrescência, um convite ao vômito.
Cresci matuto no Sertão do Pajeú ouvindo, cantando e dançando ao som de Assisão. Diferente do racista candidato a humorista da pior espécie, Assisão faz sucesso desde 1962, quando gravou seu primeiro LP pela gravadora Rozemblit, já estrela do grupo Azes do Baião. Estima-se que já tenha vendido cerca de três milhões de discos em mais de 50 anos de bem-sucedida carreira. Chupa, Murilo!
Francisco de Assis Nogueira, o Assisão, já subiu ao palco com celebridades da MPB brasileira, entre elas Elba Ramalho, Maciel Melo, Santana e até a popstar da dor-de-cotovelo Roberta Miranda. É gente da gente! Canta o sabiá, a flor do mandacaru e a mulher rendeira de Lampião. É um pássaro de canto agudo, gênio inocente, métrica nobre em tom de inspiração, diligente sabiá, tem um monte de canção, cheias de poesias.
O mundo não se divide em pessoas boas e más. Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que importa é o lado o qual decidimos agir. Esse candidato a sub-produto do humor é raça desprezível. Eu nem deveria estar dando valor ao seu destempero verbal. Minha mãe dizia que não se deve fazer amizades ou dar atenção a pessoas grosseiras ou violentas, porque se corre o risco de pegar os maus costumes e deles não se livrar nunca mais.
O que é uma pessoa sem alma como esse pseudo-humorista, que ganhou fama por alguns instantes me ensina? O que eu não devo ser.
O poder é dos filhos – Ao escolher o novo ministro da Justiça, o advogado e major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Antônio de Oliveira, o presidente Bolsonaro deu mais uma prova cabal ao País que não governa, que é governado pelos filhos. O sucessor de Sérgio Moro é amigo de infância de Eduardo e Carlos Bolsonaro, que inclusive se hospedava com Francisco quando ia visitar o pai, Jair Bolsonaro, em Brasília. Oliveira não queria aceitar o cargo, mas Bolsonaro o convenceu ao dizer que o comando da pasta se tratava de uma missão, disseram as fontes da jornalista. O novo ministro assume o lugar do então mais notável auxiliar da era Bolsonaro, que deixou o cargo na última sexta-feira fazendo denúncias graves contra o ex-patrão.
A grande família 1 – Todos os filhos de Bolsonaro estão respondendo a processos que podem ir para o freezer depois das mudanças no comando da Polícia Federal e na pasta da Justiça. Cada caso é mais escandaloso do que o outro. O que implica Flávio, o senador, gira em torno de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e amigo de Jair Bolsonaro desde a década de 1980. Queiroz passou a ser investigado em 2018 depois que o Coaf (atual Unidade de Inteligência Financeira) identificou diversas transações suspeitas ligadas ao ex-assessor. Segundo o órgão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, valor que seria incompatível com seu patrimônio e ocupação, e recebeu transferências em sua conta de sete servidores que passaram pelo gabinete de Flávio.
A grande família 2 – Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, passou a ser investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro após reportagens apontarem que assessores nomeados em seu gabinete nunca exerceram de fato essas funções. Na investigação, que corre sob sigilo, promotores suspeitam da existência de um esquema de rachadinha. Um dos casos apontados pela revista Época envolve Marta Valle, cunhada de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente da República. Marta passou sete anos e quatro meses lotada no gabinete de Carlos Bolsonaro, mas afirmou à revista que jamais trabalhou no local. Em abril deste ano, o jornal Folha de São Paulo também encontrou uma mulher alocada no gabinete de Carlos Bolsonaro que disse nunca ter trabalhado na função.
A grande família 3 – O deputado federal Eduardo Bolsonaro é investigado pela CPMI das Fake News. Em março, em uma reunião do grupo, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) disse que documentos enviados pelo Facebook à Câmara implicavam Eduardo Guimarães, um assessor de Eduardo, no esquema de ataques virtuais. Segundo Frota, os documentos revelaram que o computador de Guimarães está vinculado à conta do Instagram Bolsofeios, que faz vários ataques contra jornalistas e críticos do governo. Eduardo Bolsonaro disse desconhecer qualquer vínculo entre seu assessor e a conta. Em outra ocasião, quando Frota depôs à comissão, Eduardo disse que não iria fazer perguntas ao colega por “ter mais o que fazer”. “Tenho que trabalhar, em vez de ficar aqui ouvindo baboseiras e ilações sem qualquer conexão com a verdade”.
CURTAS
AMIGO NA FEDERAL – O principal ativo novo diretor da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, delegado da PF desde 2005, é a confiança que conquistou na função de chefe da segurança de Bolsonaro na campanha presidencial após a facada que quase matou o então candidato, em setembro de 2018. Ramagem foi delegado no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem seu domicílio eleitoral, e trabalhou em inquéritos da operação Lava Jato, mas não conhecia o presidente até começar a trabalhar com ele. Apesar do pouco tempo, a relação estabelecida entre o delegado, Bolsonaro e seus filhos se tornou forte e, na posse de Ramagem na ABIN, em julho de 2019, Bolsonaro o chamou de “amigo que conheci há pouco tempo”.
MORTES E MÁSCARAS – O Governo do Estado confirmou, ontem, 391 novos casos da doença Covid-19, causada pelo novo coronavírus, e mais 34 mortes. Com isso, Pernambuco passa a ter 4.898 casos confirmados e 415 óbitos causados pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde. O boletim destacou que, dos 391 novos casos, 169 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), ou seja, são casos considerados mais graves ou em que as pessoas precisaram ser internadas. Outros 222 casos foram classificados como leves. Ontem, alguns dos cartões-postais do Recife amanheceram de máscaras, após a assinatura de um decreto pelo Governo do Estado recomendando à população em geral que use máscaras sempre que houver necessidade de sair de casa. Exibem máscaras estátuas como a de Naná Vasconcelos (no Marco Zero), Capiba (na Rua do Sol), Zumbi dos Palmares (no Pátio do Carmo) e Clarice Lispector (na Praça Maciel Pinheiro).
O ESTADO DE MACIEL – A família do comentarista esportivo Maciel Júnior, da Rádio Jornal, tornou público o boletim médico sobre o estado de saúde dele, acometido por coronavírus. Eis o seu quadro: “Na madrugada de ontem, Maciel apresentou piora do padrão respiratório, com queda da saturação de oxigênio e alteração da gasometria arterial. Foi necessário intubação orotraqueal para proteção pulmonar. O paciente continua na UTI, sedado e respirando com ajuda de aparelhos. Apesar da intercorrência apresentada, permanece estável clinicamente e não apresenta quaisquer outras complicações”.
Perguntar não ofende: Paulo Guedes vai resistir ao balança, mas não cai dessa semana?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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