O ano virou e, em menos de uma semana sob os ares de 2024, dois novos nomes começaram a serem ventilados como possíveis candidatos à vaga de vice na candidatura à reeleição de João Campos (PSB), prefeito do Recife. E o que até então era um cenário que caminhava para um desfecho natural – no caso, a replicação em âmbito local da aliança nacional entre PT e PSB -, passou a ficar cada vez mais confuso.
É de amplo conhecimento que o PT tem esticado a corda sobre o assunto, mas há um desejo interno quase que unânime na sigla para que a manutenção do apoio da legenda ao socialista só se dê mediante a indicação de um nome petista para a vaga.
E opções não faltam. Há pelo menos três cartas em jogo: o ex-prefeito do Recife e hoje deputado estadual João Paulo; o deputado federal Carlos Veras; e Mozart Sales, assessor especial do Ministério das Relações Institucionais, que, no último mês de novembro, foi agraciado pela Câmara Municipal com o título de cidadão do Recife.
E da Câmara de Vereadores, dois nomes têm sido ventilados para a tão cobiçada vaga de vice: Carlos Muniz (PSB) e Romerinho Jatobá (PSB). Ambos são da “cozinha de casa” e gozam de prestígio dentro do Partido Socialista Brasileiro, tendo o primeiro já exercendo a função de secretário da Prefeitura do Recife e, o segundo, como atual presidente da Casa de José Mariano, participado de agendas importantes ao lado do prefeito João Campos.
Ainda dentro dos quadros do PSB são especulados os nomes do ex-prefeito Geraldo Júlio e do atual secretário de Governo do Recife, Dema. Apesar de ter dito publicamente que não voltaria mais a disputar um mandato eletivo, Geraldo conta com a irrestrita confiança do grupo político e carrega consigo uma bagagem administrativa de oito anos à frente do Palácio Capibaribe. Dema, por sua vez, é tido como o responsável por “virar a chave” na articulação política da gestão João Campos, com grande capacidade de diálogo e de solucionar crises.
Já no início do ano, surgiram os nomes do deputado estadual Gilmar Júnior (PV) e de Roberto Gusmão, ex-presidente do Porto de Suape e ex-secretário-executivo do Ministério dos Portos e Aeroportos. A aproximação entre Gilmar e João não é tão recente, mas as conversas começaram a se intensificar nos últimos meses, tendo, a priori, a pauta da saúde como tema central – Gilmar lidera uma categoria muito forte no estado. Gusmão, por sua vez, já presidiu a Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e atuou como secretário de Infraestrutura na gestão do ex-prefeito Geraldo Júlio, de quem goza de inteira confiança.
Muitos nomes, muitos currículos. E ainda estamos apenas na segunda semana primeiro mês do ano. E uma coisa é certa: João não vai fazer essa escolha tão cedo. Ou seja, haja especulação até lá.
Democracia Inabalada
Não se pode dizer que foi exatamente uma surpresa, mas chamou atenção o fato de nenhum governador aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter comparecido ao ato no Congresso Nacional que lembrou os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Certamente o episódio vai servir de munição para nortear as eleições em 2024 e 2026.
PDT
Não passou despercebido o encontro ontem (8), em Brasília, entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão. As duas estiveram no Ministério da Previdência Social, pasta comandada pelo pedetista Carlos Lupi. Nas redes, especula-se que o PDT possa vir a deixar a base aliada do prefeito João Campos (PSB) para compor a do Campo das Princesas, onde Isabella é cotada para assumir um cargo no primeiro escalão.
Camaragibe
Ao passo em que a prefeita Nadegi Queiroz (Republicanos) anunciou o nome do secretário municipal Diego Cabral (Republicanos) como candidato do grupo à sucessão em 2024, o ex-vice-prefeito e, até então secretário da atual gestão, Bosco Silva, divulgou carta aberta à população de Camaragibe na qual entregou o cargo e se colocou como pré-candidato a prefeito. A aposta é que Bosco se filie ao MDB para disputar o Executivo Municipal.
Jaboatão
A movimentação por parte do prefeito Mano Medeiros (PL) em busca de empréstimos para a cidade do Jaboatão dos Guararapes tem contado com uma fiscalização a pente fino por parte da oposição. Em dezembro, o vereador Dodô da Chave (MDB) acionou a Justiça alegando desobediência ao regimento interno da Câmara Municipal na lei que autorizou uma dessas contratações. Ontem (8), representantes do PT, PV, PCdoB, PRTB e MDB protocolaram ação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para pedir transparência, por parte da gestão, quanto à destinação dos recursos.
Fonte: FalaPE.
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