terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Partido de Bolsonaro violou próprias regras ao guardar minuta golpista

 PL, partido de Jair Bolsonaro, violou as próprias regras ao armazenar em sua sede uma minuta de teor golpista encontrada pela PF na última semana. A legenda tinha relação direta com a organização criminosa responsável pelo documento, segundo a PF.

                                                                                  Publicidade 

                                                                                                  
                                                                                                                   

O código de ética do PL proíbe qualquer filiado de “atentar contra o livre exercício do direito de voto e a normalidade das eleições”, e prevê como pena máxima a expulsão do partido. O estatuto da sigla, que foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), define que entre os objetivos do PL estão o “regime democrático” e os “direitos fundamentais”.

A minuta com o planejamento de um golpe de Estado foi encontrada pelos policiais federais no gabinete de Bolsonaro no PL.

“Declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”, diz o rascunho de um decreto. A Garantia da Lei e da Ordem acontece quando o presidente convoca as Forças Armadas em “graves situações de perturbação da ordem”.

O estado de sítio, por sua vez, é solicitado pelo presidente ao Congresso em casos de “comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa” ou “declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira”. Essa medida extrema suspende direitos individuais, a exemplo da liberdade de reunião, a liberdade de imprensa e o sigilo das comunicações. Tudo sem precisar de autorização judicial.

Segundo as investigações da PF que resultaram na operação contra Jair Bolsonaro e aliados na última semana, o PL “tinha plena ciência da interlocução e do alinhamento que os investigados desenvolveram na construção da narrativa de fraude às urnas eletrônicas”. A sigla de Bolsonaro, ainda de acordo com as apurações, tinha relação “intrínseca” com o “núcleo jurídico da organização criminosa” que tinha objetivos golpistas.

Fonte: Portal Metrópoles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário