O general Marco Antônio Freire Gomes em foto de arquivo. Foto: Divulgação/Exército Brasileiro
O general e ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes aparece em um material obtido pela Polícia Federal (PF) na operação que investiga uma tentativa de golpe ao Estado Democrático Brasileiro. Em mensagens trocadas com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, por cerca de um mês, Gomes diz que não foi omisso e tentou articular, entre militares, em desfavor do golpe. A informação é do colunista Tales Faria, do Uol.
O militar afirmou que acionou os demais colegas do generalato para conversar sobre a proposta e se movimentar contrariamente. Assim, ele alega que nem prevaricou, nem foi omisso diante da operação bolsonarista. Segundo conta o general a interlocutores, uma atuação junto ao Alto Comando era mais efetiva do que denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as intenções do então presidente da República.
“A quem o comandante poderia fazer uma denúncia contra o então presidente? Somente ao STF. Isso seria solução ou criaria mais problema?”, indagou um amigo de Freire Gomes à coluna.
Essa atuação é que teria provocado a raiva do candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, contra o então comandante do Exército. Braga Netto, numa mensagem a um militar amigo, sugeriu que fosse oferecida “a cabeça” de Freire Gomes ao alto escalão. Chamou o general de “Cagão” e atribuiu a sua “omissão e indecisão, que não cabem a um combatente” o fato de os bolsonaristas não terem obtido sucesso.
O atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, poderá ser chamado como testemunha a favor de Freire Gomes. Anteriormente, ao site O Globo, ele declarou que Freire Gomes, quando comandante do Exército, “não tinha opção”.
Fonte: Estadão
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