O contexto político em Caruaru vem tomando novos rumos e mexendo com a cabeça do eleitorado. Na última semana, o PDT de Zé Queiroz, inimigo histórico de Raquel Lyra (PSDB), passou a fazer parte do governo da tucana. Esse fato vem gerando um desgaste gigante para Zé Queiroz que, em 2022, chamou Raquel de “fraquinha” e Wolney Queiroz fez vários vídeos colocando a atual governadora como um desastre na gestão pública. Com essa “união” o eleitorado que poderia apoiar Zé Queiroz, pois era oposição ao projeto de Raquel, começa a procurar uma nova opção política.
Do outro, o atual prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) vai ficando isolado por uma série de erros políticos. Primeiro, fez inúmeros gestos políticos para os concorrentes de Raquel em 2022, na disputa ao governo do estado, além de demitir sumariamente a equipe de secretariado escolhido por Raquel. Para piorar a situação de Rodrigo, ele anunciou que sairia do PSDB e iria para o Republicanos, fato que não ocorreu. Ainda tentou ensaiar a ida para o PV e para o PSD, mas nada resolvido. Rodrigo está ilhado politicamente e, agora, tenta migrar do Bolsonarismo ao Lulismo. Esse fato também vem gerando a perda dos possíveis eleitores de Rodrigo que o creditavam como um político da direita.
Ainda observamos que o ex-deputado Erik Lessa não conseguiu viabilizar um partido com condições para uma disputa majoritária, podendo inclusive fazer uma aliança com Fernando Rodolfo no PL, e disputar a vaga de vice ou ir para proporcional.
Raffiê Delon que era da direita, agora integra a equipe da SUDENE de Danilo Cabral do PSB, e encontra dificuldades partidárias para viabilizar estruturalmente seu projeto. A Federação (PT, PC do B e PV) ainda trava uma disputa interna para analisar se Rosa Amorim ou Léo Bulhões podem ser candidatos ou a legenda apoia algum outro projeto majoritário.
Nessa conjuntura, o único pré-candidato que tem o aval nacional partidário é Armandinho (Solidariedade), que além do seu projeto majoritário, vai largar com duas ou três chapas para vereadores do grupo. Armandinho inclusive vem recebendo sinal verde de partidos como o PRTB e Democracia Cristã para compor seu grupo político. Armandinho tem a menor rejeição dos pré-candidatos, segundo as pesquisas eleitorais publicadas em 2023, e ainda conta com o apoio de Marília Arraes, que venceu o primeiro turno ao governo do estado em 2022, e teve mais de 2 milhões de votos no segundo turno.
Nessa atual conjuntura política, Rodrigo Pinheiro, Zé Queiroz, Tonynho Rodrigues e Fernando Rodolfo vão disputar o apoio de Raquel, e do outro lado Armandinho recebendo um eleitorado que busca renovação política e uma chapa mais equilibrada com o Solidariedade (centro-esquerda) e o PRTB e DC de (direita e centro-direita), respectivamente, dentre outros partidos que possam chegar ao longo desse processo.
Fonte : Blog do Magno Martins.
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