quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Impasses e dramas políticos de Lula (Final)

Frente a tantas incertezas políticas, como o executivo cercado pelo legislativo e o ativismo judicial, a insegurança para investir no Brasil afeta o presente e sobretudo o futuro. Como decidir arriscar num lugar onde não se pode confiar? Isso resulta que, de acordo com dados oficiais do IBGE, no terceiro trimestre de 2023, a taxa de investimento brasileira ficou em 16,6%, menor do que a do trimestre do ano anterior – 18,3%.

A média em outros países da América Latina é de 20% a 25%. Em contraste, a Índia chega a 30% e a China acima de 40%. Isso demonstra a inviabilidade estrutural do Brasil. Se não se investe, como pode haver desenvolvimento? O Brasil é vítima de um sistema político de privilégios e de patrimonialismo. Não existe o mínimo de previsibilidade, especialmente porque as leis e a justiça funcionam apenas para os poderosos que mandam e desmandam em benefício próprio.

O setor privado fica esmagado pela máquina pública numa burocracia corrupta em todos os níveis da federação, a começar pelo governo central, em Brasília. Quem produz vira vítima de um cerco em praticamente todos os setores regulados e mesmo não regulados. Em casa porteira há que se pagar pedágio, de uma maneira ou de outra.

Esta é a realidade nua e crua de um Brasil massacrado, ofendido e humilhado. Quando o exemplo maior, que deveria vir dos dirigentes políticos e estatais, só nos aponta para o uso incorreto dos recursos públicos, o que se esperar do resto da sociedade? Tudo descamba para o famoso “salve-se quem puder”.

O impasse político estrutural que tem no presidente Lula sua maior referência só aponta para um País desequilibrado, corrupto e sem futuro. Não existem planos sérios, nada que dê perspectiva positiva.

Só se observam manipulações, propaganda enganosa, um grande jogo sujo. E a economia sempre reflete essa perspectiva política caótica, sem rumo e sem direção. O que resulta numa sociedade desigual, dominada pela pobreza crônica e sem indicação de saída.  Ainda mais num mundo com mudanças aceleradas pela inteligência artificial que vai exigir ainda mais da população, já tão sofrida e condenada ao esquecimento.

Tudo dominado – É triste e profundamente lamentável, mas a realidade se impõe cruelmente. Esse modelo, que tem em Lula seu maior representante, com o governo despedaçado, loteado entre grupos de tubarões famintos, precisa ser enfrentado. Mas, lamentavelmente, é impossível vislumbrar alternativas, porque tudo está tudo dominado pelo sistema dominante.

Ao Bolsa Família, tudo! – O Bolsa Família terminou sendo incorporado pelo próprio Bolsonaro. Qualquer reflexão minimamente honesta sabe que se trata de esmola e isso não é solução. O Brasil precisa de inclusão produtiva e não mendicância oficial. Ora, são mais de US$ 160 bilhões para programa eleitoreiro, enquanto para investimentos o total do governo federal não chega a R$ 70 bilhões.

Terra em transe – Tristes trópicos narrados por mim nestes últimos três dias, trazendo à luz a minha visão sobre o terceiro e decadente Governo Lula! É de se perguntar com muita propriedade: o Brasil vai escapar dessa sina de autodestruição? O País precisa superar essa fase que tem em Lula sua pior imagem. Mas há de ter coragem para olhar a realidade como ela é e encontrar um caminho realista para vislumbrar algum futuro nessa terra em transe.

8 de janeiro esvaziado – O aniversário de um ano do fatídico dia 8 de janeiro, na próxima segunda-feira, não deve ter manifestação de grande adesão em Brasília. Segundo o site Metrópoles, até ontem não havia nenhum ato cadastrado para ocorrer, seja de bolsonaristas ou de apoiadores do presidente Lula (PT). A inteligência dos órgãos de segurança do Distrito Federal identificou alguns chamamentos isolados para manifestação, mas nenhum teve adesão que preocupasse as autoridades, até o momento.

Oposição da boca pra fora – Na Assembleia Legislativa, o PT virou piada como bancada de oposição. Além de boicotar a coletiva da oposição no primeiro dia útil do ano, terça-feira passada, seus três integrantes – João Paulo, Doriel Barros e Rosa Amorim – viraram os maiores defensores de uma aliança mais estreita da governadora com o Governo Lula e o próprio presidente. Quem te viu, quem te vê, PT!

CURTAS

ACREDITE SE QUISER! – Depois de tanto andar pelo Estado, do litoral ao Sertão, encontrei um gestor feliz da vida com o Governo Raquel e o estilo da tucana: o prefeito de Tuparetama, Sávio Torres, filiado ao Podemos, velho aliado de Armando e hoje bem próximo ao ex-deputado Ricardo Teobaldo.

O MUNDO GIRA – O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), que passou por muito tempo sendo o mais popular do País, aparece agora em sétimo lugar. Os três melhores avaliados são do Nordeste e Norte – João Campos (Recife), o primeiro, Arthur Henrique (Boa Vista) e Davi Almeida (Manaus). O pior é o de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol).

Perguntar não ofende: A governadora Raquel Lyra comprou mais uma briga com os prefeitos ao exigir servidores estaduais de volta?

Fonte : Blog do Magno Martins.

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