Por Ricardo Antunes– “Essa é uma obra muito grande para Pernambuco, um marco. Vamos ter uma geração de empregos enorme, cerca de oito a 10 mil na região de Paudalho e Abreu e Lima. Foi feito um estudo no qual havia três estados vocacionados para receber o projeto, e o Exército responsavelmente pensou no fluxo de nordestinos que vão para o Sul, então resolveu fazer o investimento em Pernambuco” resumiu o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro ao falar sobre o projeto que virou realidade. Ontem (17), o General Joarez Alves Pereira Júnior deu maiores informações sobre o projeto.
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A obra terá um investimento total de R$ 1,7 bilhão e tem gerado um debate por conta da conservação de uma área de mata atlântica na região.
“Fomos trabalhando como poderíamos reduzir. Trabalhamos em parceria com o governo para ver o que poderia ser colocada em área desapropriada. Chegamos a um número perto de 90 hectares onde necessitamos suprimir a vegetação”, explicou o general Joarez Alves Pereira Júnior em coletiva de imprensa ontem (17).
Na prática, o Exército mexeu na localização da vila militar para adequar as sugestões da sociedade civil e reduzir a área de mata atlântica a ser desmatada. Segundo o general, 6,2 mil pessoas vão residir na área da escola – que contará com uma base de suporte localizada no Recife, incluindo questões de saúde, hospitalar, depósito de suprimentos e familiar.
O general Pereira Júnior disse que foram aceitas alterações “até o limite em que não desvirtua o projeto”. Ele detalhou que a formação de sargentos do Exército ocorre em 16 diferentes locais no país, enquanto a dos oficiais é centralizada no município de Resende, no Rio de Janeiro.
“A efetividade da formação é muito melhor quando consigo centralizar num local que atenda a necessidade da escola. Um grande limitador era a necessidade de um campo de instrução para aplicar o que é aprendido em teoria. (…) Um tiro de artilharia não se realiza em qualquer local. Realizamos as condicionantes levantando todos os aspectos e a região selecionada foi aqui, um campo que já é campo de instrução do exército. Já tem destinação militar desde sua criação”, explicou o general Joarez Alves Pereira Júnior.
De acordo com o militar, a região onde está prevista a construção da escola fica dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA) criada “graças à permanência do Exército”.
“A área efetivamente preservada é a do campo de instrução. É menos de 1% do campo. Em mais de 99% não haverá alteração nenhuma; 7,5 mil hectares. Há uma sensibilidade ambiental que o Exército tem trabalhado com muito cuidado. Temos a consciência da importância disso. Trabalhamos para que ele [o projeto] se tornasse o que é hoje. Queremos adaptar, compensando com ações efetivas para que não haja perda ambiental naquela região”, complementou.
De acordo com o comandante militar do Nordeste, a unidade de formação militar será a maior escola do Exército e “uma das maiores de formação de sargentos do mundo”.
“O Exército está trazendo um centro de excelência para o Nordeste. Direcionou muito para o Sul e o Sudeste do país e hoje trazemos para o Nordeste. Vai gerar ganhos socioeconômicos volumosos. Nosso foco é atender a uma necessidade da força, mas traz naturalmente esse ganho”, finalizou.
Fonte: Blog de Ricardo Antunes.
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