O ex-senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) construiu uma brilhante trajetória em Brasília, tendo sido deputado federal, ministro da Integração Nacional do governo Dilma Rousseff e senador por Pernambuco entre 2015 e 2022. Ao longo deste período ele também serviu aos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro como líder no Senado Federal e teve o deputado federal Fernando Filho como ministro de Minas e Energia do governo Michel Temer, fazendo, diga-se de passagem, um excelente trabalho à frente da pasta.
Nas eleições do ano passado, FBC abdicou da reeleição em prol de viabilizar o projeto de seu outro filho, Miguel, em ser candidato a governador de Pernambuco. Com a abertura das urnas, Miguel não logrou êxito na empreitada, mas o grupo conseguiu um bom desempenho ao reeleger com expressivas votações os deputados Fernando Filho e Antonio Coelho.
Articulador nato, FBC deixou os mandatos eletivos mas não deixou a política, sendo um importante interlocutor das demandas nacionais. Isso fez com que ele iniciasse conversas com o governo Lula, o que culminou na indicação de um aliado para integrar uma função relevante na Codevasf, órgão que teve a forte atuação do grupo do ex-senador nos últimos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Evidentemente que a construção está incipiente, mas tem tudo para levar o deputado federal Fernando Filho para a base do governo, uma vez que o União Brasil já tem contribuído com o governo ao indicar três importantes ministros. Essa relação mais próxima do clã de Petrolina com o governo federal poderá não só consolidar uma reaproximação com o PSB de Pernambuco na figura do prefeito do Recife, João Campos, como possibilitar construções futuras visando 2024 e 2026 com PSB e PT.
Político tarimbado, Lula sabe dos desafios que terá pela frente, e poder contar com a contribuição direta do grupo do ex-senador Fernando Bezerra Coelho será imprescindível para que o governo possa encontrar o caminho de uma base sólida no Congresso Nacional.
Frustração – O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil) tinha forte expectativa de que poderia retomar o protagonismo político no estado com a eleição da governadora Raquel Lyra (PSDB). Ele a apoiou no segundo turno após optar pelo projeto de Miguel Coelho na primeira etapa. Quem tem conversado com o ex-ministro de Michel Temer percebe que ele teve suas expectativas frustradas pela governadora, que ainda não o chamou para uma conversa de pé de ouvido, e tem feito questão de demonstrar sua insatisfação com a ocupante do Palácio do Campo das Princesas.
No interior – O ex-deputado federal e candidato a governador pelo PSB, Danilo Cabral, cumpriu agenda no sertão do Pajeú ao lado dos prefeitos de Flores, Marcone Santana, e de Carnaíba, Anchieta Patriota. O socialista pode tentar voltar à Câmara dos Deputados em 2026, mas para isso terá que se fazer presente em todo o estado.
Raimundo Pimentel – Após eleger Socorro Pimentel como deputada estadual em 2022, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, tem intensificado o volume de entregas na cidade. Ele faz uma gestão bem-avaliada e pretende emplacar o sucessor em 2024.
Inocente quer saber – O que Mendonça esperava ocupar ou indicar no governo Raquel Lyra?
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