terça-feira, 25 de abril de 2023

Ciro avalia que Tarcísio é mais forte que Michelle para 26

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou nesta segunda-feira, 24, que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, teria mais força política para concorrer à Presidência em 2026 do que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, aposta do PL para participar da corrida eleitoral. Segundo o parlamentar, é natural que Tarcísio venha a disputar a vaga no Planalto caso o ex-presidente Jair Bolsonaro esteja inelegível, deixando aberta a cadeira para um eventual novo nome em São Paulo.

Na manhã desta terça-feira, 25, Nogueira participou da Convenção Nacional do Partido Progressista, em Brasília, e foi reconduzido à presidência da sigla, a mesma do presidente da Câmara, Arthur Lira.

"O Tarcísio, se não ele (Bolsonaro) não puder ser candidato, é mais forte do que ela. Me perdoem dizer isso. Política é fila", afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "A dona Michelle é a única pessoa que se elege senadora nos 27 Estados da federação, quer alguém mais forte do que ela?" Ciro reiterou, no entanto, que se Bolsonaro puder ser candidato, ele teria mais força neste cenário do que o governador, e que Michelle poderia disputar qualquer outro cargo em função de sua "força na política brasileira".

'Imbatível'

Ao ser questionado sobre o processo que irá analisar a inelegibilidade de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido às falas do ex-presidente em reunião com embaixadores sobre a credibilidade das urnas eletrônicas, Nogueira disse que não via "nada demais", e comparou ao encontro convocado pela ex-presidente Dilma Rousseff à época do impechment. "Eu não vejo nada demais. A mesma reunião foi feita pela presidente Dilma quando foi cassada e fez a reunião com os embaixadores para denunciar um golpe", disse.

Segundo ele, a repercussão do tema o tornaria "imbatível". "Sabe qual é a grande dúvida se vão cassar Bolsonaro ou não? É vão tornar Bolsonaro imbatível. Se ele já elegeu a quantidade de pessoas que ele elegeu, imagine ele injustiçado (...) A população não vai aceitar."

Repetindo elogios ao ex-presidente, de quem foi ministro da Casa Civil, Nogueira avaliou que os principais responsáveis pela derrota de Bolsonaro nas últimas eleições foram os próprios aliados do ex-mandatário. "Nós cometemos muitos erros. Perdemos as eleições para nós mesmos", disse. "Culpa minha e de muita gente", destacou, ao lembrar dos acontecimentos envolvendo Roberto Jefferson, que atirou em policiais federais, e a deputada federal Carla Zambelli, que apontou uma arma para um homem no meio da rua. "Se não tivesse tido esses fatos nós teríamos ganhado a eleição com uma diferença maior do que o Lula ganhou."

'A narrativa de Lula Santo e Bolsonaro Bandido não vai colar'

Nogueira defendeu ainda a integridade de Bolsonaro diante do escândalo das joias que atingiu o ex-presidente. Conforme revelou o Estadão, o ex-chefe de estado recebeu três pacotes de joias do governo da Arábia Saudita quando ainda estava na gestão do Planalto.

O conjunto recebido por Bolsonaro soma entre R$ 17 milhões e R$ 18 milhões. "Eu tenho certeza da honestidade e seriedade de Bolsonaro", pontuou, e esclareceu que "a narrativa de que Lula é um santo e Bolsonaro é bandido não vai colar".

Relações Internacionais

Questionado sobre a comparação da diplomacia durante o governo Bolsonaro e a intensa agenda externa de Lula desde que assumiu o terceiro mandato, o senador subiu o tom e disse que o primeiro ato internacional do atual mandatário foi criar "um estelionato eleitoral" na Argentina. "As pessoas não são tão tolas em um país que precisa de uma infraestrutura enorme como o Brasil para fazer um gasoduto na Argentina. O Fernandes é o Lula de amanhã", citou ao criticar as ações do governo brasileiro em solo argentino.

Nogueira ainda criticou o acordo de paz proposta por Lula na guerra entre Rússia e Ucrânia e questionou que "se ele não controlou nem o Palácio do Planalto para invadir, ele vai ensinar o mundo?", frisou. "Nós estamos sem comando. O país não iniciou o seu governo", afirmou.

Fonte: Estadão.

Lei Já.

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