quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

82% das grandes empresas pretendem investir em 2021

 

A pesquisa Investimentos na Indústria 2020-2021, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 82% das grandes empresas pretendem investir neste ano. A expectativa para a maior parte dos investimentos é melhorar o processo produtivo e aumentar a capacidade de produção.

O documento mostra, também, que o ano passado começou e terminou fora da curva. Em 2020, 84% das empresas pretendiam investir, em um percentual acima dos anos anteriores. No entanto, apenas 69% conseguiram de fato investir devido à pandemia, em um dos menores registros na história da pesquisa.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia, Carlos Eduardo Abijaodi, a redução dos investimentos no ano passado ocorreu em grande parte pelo elevado custo dos insumos e pela reavaliação do mercado doméstico como destino de seus produtos.

“Sentimos que os investimentos não foram feitos e foram adiados para este ano, pelo alto custo para investir e pela falta de alternativas de financiamento. Para esse ano, percebemos uma preocupação muito grande com os processos produtivos, que devem ser melhorados, com a aquisição de novas máquinas e tecnologia”, explica Abijaodi.

Os investimentos previstos devem ocorrer, principalmente, na melhora do processo produtivo, de acordo com 35% das indústrias, e no aumento da capacidade de produção, com 33% das respostas. Em outros 15%, o principal objetivo é manter a capacidade produtiva e, em 11% deles, introduzir novos produtos.

Em 66% dos casos, independentemente do objetivo do investimento previsto, há a expectativa de aquisição de máquinas. Além disso, o percentual do investimento voltados principalmente para o mercado doméstico aumentou de 36% para 39%, mas segue abaixo da média histórica, de 42%.

Nos últimos seis anos, cerca de 70% dos recursos empregados nos investimentos realizados são recursos próprios das empresas. Em 2020, o percentual ficou em 72%, idêntico ao de 2019. O resultado mostra a falta de alternativas viáveis de recursos de terceiros para investir.

Em 2020, a participação de bancos comerciais privados ficou em 13%, um ponto percentual abaixo do registrado em 2019. A participação de bancos oficiais de desenvolvimento foi de apenas 7%. Outras fontes de financiamento, como bancos comerciais públicos, financiamento externo e construção de parcerias ou joint ventures somam 8%.

Fonte: Blog de Jamildo.

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