O ano eleitoral municipal se abre com um cenário inusitado: pela primeira vez um chefe da nação se encontra sem um único candidato preferencial nas capitais e nos colégios acima de 200 mil eleitores. Diferente dos antecessores no Planalto, Bolsonaro perdeu o partido pelo qual se elegeu, o PSL, inventou de criar uma legenda em ano eleitoral e está mais perdido do que cego em tiroteio.
Quem é seu candidato em São Paulo, maior colégio eleitoral do País? Ninguém sabe. O mesmo ocorre no Rio, Belo Horizonte em capitais recheadas de eleitores no Nordeste, como Salvador, Fortaleza e Recife. Na capital pernambucana, aliás, ninguém se arvora no direito de se apresentar como bolsonarista ou abraçar as causas conservadoras do presidente.
Até junho, prazo do calendário eleitoral fechado para as convenções partidárias, o presidente terá que arranjar um candidato para chamar de meu, não apenas no Recife, mas em todas as capitais.
O nome recifense
No caso do Recife, especificamente, quando aliado o presidente do PSL, Luciano Bivar, chegou a pontuar em pesquisas. Rompido, não tem chances de se apresentar como tal. Quem restará? Fala-se no nome do presidente da Embratur, Gilson Neto, que até as convenções pode virar ministro do Turismo. É um bolsonarista em alta no Governo, detentor da confiança e amizade do presidente.
Zero de influência – A eleição municipal, entretanto, não está condicionada a fator de influência externa. Charles Chaplin já disse que a vida é um assunto local. O eleitor, portanto, quando se trata de ir às urnas eleger prefeito e vereador tende a direcionar o seu voto para aspectos paroquiais, desde a sua rua se está calçada ou não até as propostas para o ensino e a saúde.
Promessas – Em se tratando de cumprimento de promessas, o prefeito Geraldo Júlio (PSB) leva um banho em comparação ao presidente Bolsonaro. Segundo levantamento do portal G1, das Organizações Globo, enquanto o chefe da Nação tirou do papel, em apenas um ano, 16 de 58 promessas de campanha, o prefeito, em sete anos, só bateu o martelo em seis das 33 promessas.
Assombração – A secretária de Infraestrutura, Fernandha Batista, também não cumpre promessas, principalmente em relação ao cronograma de estradas. No Pajeú, o trecho de Afogados da Ingazeira/Tabira, de 22 km, virou pó. Já o anúncio da pavimentação de Tabira a Água Branca (PB), uma assombração.
Fato novo – Em Itaíba, o grupo Claudiano Martins aposta no nome de Rogéria Martins (PP) no enfrentamento à prefeita Regina Cunha (sem partido). “Com experiência de vida exemplar, forjada na labuta da roça, Rogéria é o fato novo da política de Itaíba”, comemora o parlamentar.
Se a moda pega! – Em Timbaúba, Zona da Mata, a comunidade do Glebe impede a entrada do prefeito, dos vereadores e deputados ali votados por não terem cumprido a promessa de sanear e calçar a comunidade. Diz uma faixa na entrada: “Aqui, políticos não entram. Comunidade esquecida”.
Perguntar não ofende: Onde o Estado vai investir os R$ 509 milhões extras da cessão onerosa do pré-sal?
Fonte: Blog do Magno Martins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário