terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Bolsonaro diz que sofreu pressão para demitir Paulo Guedes

 (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que sofreu pressão para demitir o ministro da Economia, Paulo Guedes, após as declarações sobre o AI-5. A entrevista foi concedida à TV Record e exibida na noite desta segunda-feira (2).

"Entendo como liberdade de expressão, não vejo nada demais. Foi num contexto de descambar o Brasil não para movimentos democráticos, mas para terrorismo. Podia ter tido outra expressão mas não vejo porque tanta pressão nos dois por causa disso aí. Pediram até a cabeça do Guedes pra mim. Quem pede a cabeça do Paulo Guedes quer desestabilizar a economia", afirmou.

Ele também respondeu às declarações de Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral, que nesse domingo se filiou ao PSDB afirmou que a "democracia está em risco".

O presidente disse que não queria lembrar a razão de ter demitido o ex-ministro. "Ele é carta fora do baralho. Teve todas as chances e não aproveitou a oportunidade. Espero que ele esteja feliz ao lado de Doria em SP".

Bolsonaro também declarou que Lula tem pregado a intolerância. Sobre as acusações do ex-presidente que o envolve na participação na morte da vereadora Marielle Franco, afirmou: "Eu não vejo isso como um direito de expressão dele, mas vamos ter que engolir esse sapo. O barco segue porque o Brasil está indo bem".

Sobre a sobretaxa imposta por Trump de elevação das taxas de aço e alumínio brasileiros, o chefe do Executivo apontou que não há risco de estremecimento das relações entre os dois países e que a medida deve ser negociável.

"Não vejo esse risco. Reuni agora pouco a equipe econômica. Paulo Guedes está entrando em contato com o governo americano e com seus correspondentes para tratar desse assunto. Em última análise, caso não tenha sucesso, eu ligarei para o presidente Trump. Sabemos que tem eleições na semana que vem faz parte da estratégia política. Mas somos um grande parceiro, acredito que nós podemos solucionar essa questão. Tem outras coisas em jogo, o trigo americano. Mercosul caminha no sentido de se aproximar dos EUA. Acho que isso não vai nos abalar. É possível negociar sim", concluiu.

Fonte: Por: Correio Braziliense.
Diario de PE.

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