Na fala à Nação, em rede de rádio e TV em plena noite de Natal, terça-feira passada, o presidente Bolsonaro apresentou ao País a mulher Michelle, que deixou, também, sua mensagem natalina.
Foi um pronunciamento curto, no qual agradeceu a Deus por ter escapado da morte no episódio da facada e algumas realizações do seu mandato, destacando pontos positivos na economia e um fato que se vangloriou: “Estamos terminando 2019 sem nenhuma denúncia de corrupção”, afirmou, com a ressalva de ter escolhido 22 ministros de viés técnico.
Existem avanços, sim, em seu Governo. O que mata Bolsonaro é a sua língua, o seu destempero verbal. Até se dirigindo aos brasileiros numa noite natalina de reflexão sobre a vida, cunha uma frase, de louvores aos técnicos, dando margem a interpretações de que não existe gatunagem em seu Governo, até o momento, porque se livrou de ministros políticos.
Dentro de casa
Quando destaca, subliminarmente, que governa sem corrupção, porque só tem técnicos bem intencionados ao seu lado, Bolsonaro fere de morte a classe política. Quer se apresentar como o coveiro dos políticos corruptos, o abre alas da nova política. Esquece, entretanto, que tem em casa filhos envolvidos em desvios éticos que, pelo grau de podridão, envergonham o País.
Tragédia? - As informações oficiais sobre a madrugada do terror em Dois Unidos, na qual tombaram sete vidas, ainda são vagas. A Compesa chegou a ser notificada ou não sobre eventuais vazamentos? Se a investigação se der nessa direção a estatal pode ser responsabilizada ou não. Por enquanto, o que existe de fato é a comoção nacional, com o rastro de vidas ceifadas numa véspera de Natal.
Contra-ataque– O ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PSD), não gostou da análise de ontem nesta coluna sobre o quadro sucessório no município. Para ele, o jogo está zerado, diz que investiu mais de R$ 500 milhões só em habitação e ressalta que a obra de Miguel Coelho é midiática. Quanto aos seus bens bloqueados, afirma que os Coelho, neste aspecto, são “bezerro apeado”.
Divisão– Presidente da OAB em Serra Talhada, o advogado Allan Pereira Sá diz que o tempo do velho cacique Inocêncio Oliveira já passou. Recentemente, Inocêncio defendeu seu neto Victor Oliveira candidato a prefeito. Allan segue a cartilha do deputado Sebastião Oliveira e aposta em Evandro Valadares.
Desconfortável– Pelas últimas pesquisas que tomei conhecimento sobre a avaliação da gestão da prefeita Raquel Lyra, em Caruaru, sua zona eleitoral não é tão confortável para emplacar a reeleição no primeiro turno. Tem abaixo de 60%. No segundo turno, com toda oposição unida, pode se complicar.
Novo reinado– Os delegados ameaçam tomar conta da gestão pública. Em Jaboatão, surge Gleide Ângelo (PSB); no Recife, Patrícia Domingos; em Caruaru, Erick Lessa (PP) e, por fim, em Arcoverde, Israel Rubis. Que vácuo foi aberto para quem investiga e prende sair das páginas policiais para as de política?
Perguntar não ofende: Está todo mundo querendo saber: qual o partido que irá tirar o chapéu para a delegada Patrícia Domingos?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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