Em meio ao debate sobre o fundo eleitoral, os deputados federais já costuram, aos poucos, o retorno do financiamento privado. É uma discussão que já está em gestação na Câmara Federal, ainda que sem tantos holofotes. No PSD, já há deputado avisando à liderança que vai subscrever proposta em torno do assunto. Líder do partido, André de Paula diz ser a favor do financiamento público. “Acho que, no nosso País, ele veio como decorrência, depois dos escândalos de corrupção que envolveram somas astronômicas. Essa percepção é muito questionada porque, quando o Congresso vai deliberar para fazer essas despesas, a sociedade reage de maneira muito contundente”.
Foi em razão da pressão social e da ameaça de veto presidencial que o Congresso recuou da ideia de elevar o valor do fundo a R$ 3,8 bilhões e voltou aos R$ 2 bilhões, após cogitar deixar em R$ 2,5 bilhões. André pondera o seguinte: “Se essa discussão em que nós não estamos falando de nós mesmos, já foi objeto de enorme constrangimento, avalie daqui a um ano e meio, quando é algo do nosso interesse”. Refere-se às eleições gerais de 2022. E sublinha: “Ninguém com quem conversei se dispõe a passar por esse constrangimento”. Daí em diante, o deputado avalia que há de se colocar condições objetivas para que o financiamento privado de campanha volte a acontecer. “Se não tem público, vai ter privado. Eu que sempre fui a favor do público, acho que politico tem que entender o sentimento das ruas. Está claro, explicito que as ruas não querem financiar eleição com dinheiro público”.
Desmame do fundo eleitoral
Do Republicanos, o deputado federal Silvio Costa Filho também vê a necessidade de um “debate muito responsável sobre essa questão de financiamento público”. Aponta como uma das marcas do Congresso vir tomando posições diferentes, muitas vezes, para solucionar problema do momento. Silvio confirma também que o debate sobre a volta do financiamento privado já está instalado nos corredores do legislativo.
Um misto - “Já tem parlamentares defendendo isso”, diz Silvio Costa Filho, que cogita o “financiamento misto, público com privado no sentido de, nos próximos 10 anos, ir reduzindo o custo do público”. Naturalmente, ele grifa, “a gente não pode voltar ao financiamento público que era antes”
Segunda prefeitura... - A repercussão do anúncio da nova indústria frigorífica e do abatedouro da Masterboi em Canhotinho, no Agreste, já tem colocado a nova planta como “a segunda prefeitura da cidade”. É o que vem ouvindo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, quando circula em ambiente empresarial.
...de Canhotinho - Tudo porque os quase 800 empregos previstos na operação da empresa por lá representam metade da população economicamente ativa da cidade, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A empresa vai investir R$ 112 milhões em uma indústria frigorífica e um abatedouro de carnes. A folha de pagamento será de R$ 1,2 milhão/mês.
Fonte: Folha de PE.
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