A Rádio Novelo, produtora responsável por trabalhos memoráveis como “Praia dos Ossos”, “A República das Milícias” e “Foro de Teresina”, entre outros, produziu um podcast que avalia como seria o Brasil de hoje na eventualidade de o então deputado federal Jair Bolsonaro ter sido cassado em 1993, quando – já naquela época – defendia abertamente torturador e a Ditadura Militar.
No anúncio do seu podcast, a Rádio Novel traz uma cópia do exemplar do jornal Tribuna da Imprensa, de 30 de junho de 1993, quando o então presidente da Câmara dos Deputados, o pernambucano Inocêncio Oliveira, defendia a cassação daquele que viria a ser presidente da República anos depois; eleito apoiado no mesmo discurso pró-golpe militar.
“É preciso cortar o mal raiz”, afirmou, naquela tempo, Inocêncio Oliveira, um dos maiores baluartes da política pernambucana, destaque nacional durante os seus cerca de 40 anos em Brasília. Inocêncio, como sempre em sua vida pública, aliás, não fugiu às tradições sertanejas – é de Serra Talhada – de bravura e inquietação.
Exemplo a ser seguido pela leva de políticos que vierem depois dele, Inocêncio é um farol para aqueles que querem fazer dessa grande arte um instrumento para lutar por uma vida melhor para o povo; não só o sertanejo, mas o brasileiro, como um todo.
Inocêncio fez dois herdeiros políticos: os irmãos Sebastião e Waldemar Oliveira. Sebá substituiu o tio em Brasília e, de posição firme, defendeu Dilma no processo de impeachment. Deixou a capital federal para disputar o cargo de vice-governador. Nesta nova legislatura, o conceituado advogado Waldemar assumiu a “cadeira da família” e dará continuidade aos trabalhos.
Fica a lembrança e a reverência da coluna ao inesquecível Inocêncio Oliveira.
O povo que saber: o que Inocêncio achou do Governo Bolsonaro?
Fonte:FalaPE.
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