A volta de Lula ao Estado
De volta a Pernambuco pela primeira vez após a posse, o presidente Lula desembarca hoje, no Recife, depois de cumprir agenda na Paraíba. Assina, em ato no Geraldão, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no valor de R$ 500 milhões. O programa foi criado em 2003 no âmbito do Fome Zero, com o objetivo de contribuir para garantir a segurança alimentar e nutricional da população brasileira, além de fortalecer a produção de alimentos da agricultura familiar.
Neste novo PAA, haverá reajuste no valor individual que pode ser comercializado pelas agricultoras e agricultores familiares, facilitação do acesso a indígenas, povos e comunidades tradicionais, além de maior participação das mulheres na execução do programa no conjunto das modalidades oferecidas. O PAA é operacionalizado por meio dos ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Além do PAA, no evento será feita a reinstalação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e criado o Programa de Organização Produtiva e Econômica de Mulheres Rurais. Ao pisar em solo pernambucano, Lula será festejado pelas lideranças que estiveram em seu palanque na eleição passada, à frente o prefeito João Campos (PSB) e o senador Humberto Costa (PT).
PSB e PT monopolizam e politizam a passagem do petista no Recife. Tanto que o evento foi estrategicamente marcado no Geraldão, equipamento da Prefeitura, para que fiquem livres de qualquer açoite crítica da governadora e de seus aliados à direita, que não estiveram no palanque de Lula.
Acordo Noronha – Mas Lula fará um gesto com a governadora Raquel Lyra. Antes do evento, às 13h, no Palácio do Campo das Princesas, assina, ao lado dela, a homologação do acordo sobre a gestão compartilhada do Arquipélago de Fernando de Noronha. Em seguida, a tucana oferece um almoço em Palácio ao presidente e sua delegação, compartilhando à mesa farta também com adversários no Estado, entre eles o próprio João Campos, Humberto e deputados federais e estaduais do PT e PSB.
Governo ferreirizado – Aliados do ex-ministro Gilson Machado receberam com um pé atrás a aliança formal do presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, com o Governo do Estado. Um deles chegou a dizer que a Imprensa comete um equívoco ao interpretar que Raquel bolsonarizou a sua gestão. “Na verdade, ela ferreirizou”, brincou, ao separar os Ferreira – Anderson e André Ferreira – do bloco de Bolsonaro no Estado.
O chorão – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chorou, ontem, ao falar de seu período na cadeia e disse que, na época, queria “foder” o então juiz Sérgio Moro (União Brasil), hoje senador pelo Estado do Paraná. Ele também afirmou que seu tempo na cadeia foi uma forma de tortura. As declarações foram dadas em entrevista ao site Brasil247, no Palácio do Planalto. Lula disse que o processo que o levou à cadeia foi político e que sabia que sairia mais forte. E afirmou que foi um período de “muita mágoa”.
Olho em Carpina – Em ascensão política no Estado, depois do deputado Gustavo Gouveia emplacar a Primeira-Secretaria da Assembleia Legislativa e o irmão Marcelo, prefeito de Paudalho, a vice-presidência da Amupe, com a certeza de que assumirá a presidência no ano que vem, a família Gouveia quer ampliar seu território de poder da Mata Sul, além do território de Paudalho. Tem projeto de disputar a Prefeitura de Carpina, sendo Gustavo o candidato natural.
Sublegenda do PSDB – Presidido em Pernambuco pelo ex-deputado federal Ricardo Teobaldo, o Podemos pode se constituir no desaguadouro dos políticos em geral que pensam em aderir ao Governo Raquel Lyra. Conversações nesse sentido foram iniciadas, ontem, pela governadora e Teobaldo num almoço reservado em Palácio, uma hora após o prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, que era do Solidariedade, partido de Marília Arraes, ingressar no Podemos.
CURTAS
GOLPE NA FALÊNCIA – Estudantes de várias universidades do Grande Recife denunciam um golpe dado pela empresa NovaEra, contratada para organizar a festa de formatura. Os alunos afirmam que vão ficar sem baile e que tiveram prejuízos moral e financeiro. Procurada pelo G1, portal da Globo, a NovaEra informou que decretou falência.
SEM HOMOLOGAÇÃO – A Assembleia Popular Noronhense (APN), entidade que representa os moradores de Fernando de Noronha, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, uma Ação Civil Ordinária na qual pede que o novo acordo de gestão compartilhada para o arquipélago, assinado entre o Governo de Pernambuco e a União, não seja homologado. A entidade julga prejudicial à ilha e quer ser ouvida.
Perguntar não ofende: Os diretores de Ciretrans serão indicados pelos Ferreira ou deputados da base?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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