quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Governo estuda convocar militares para reduzir fila do INSS, diz Mourão

Ideia inicial do governo era convidar os militares

Ideia inicial do governo era convidar os militares

Adnilton Farias / VPR - 23.5.2019
O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo considera convocar militares da reserva para reforçar a análise de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) — e não mais convidar como era inicialmente cogitado. A iniciativa serviria para driblar o entendimento do TCU de que contratar apenas militares iria romper o princípio de impessoalidade.

"O TCU diz que está rompendo princípio da impessoalidade ao você direcionar a contratação exclusivamente para o grupo militar. Direciona porque é mais barato. Mas existem formas de fazer sem colocar isso como um rompimento da impessoalidade. O Ministério da Defesa convoca e cede [ao INSS]. E não colocar diretamente sob as mãos do INSS. Mas isso está sendo estudado", declarou Mourão a jornalistas.

Segundo ele, a ideia está sendo ajustada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. "Estou aguardando qual vai ser a decisão. Quando chegar, a gente analisa e vê o que vai fazer", disse Mourão
Na mesma linha do presidente da República, Jair Bolsonaro, Mourão afirmou que contratar civis para a função é mais burocrático e sai mais caro. "Se você for contratar civil, é contrato temporário. É mais caro. Aí tem que olhar a questão orçamentária."

Mais cedo, antes de embarcar para a Índia, Bolsonaro afirmou que deixou um decreto pronto para ser publicado, mas que ele depende do aval do TCU. Caso o tribunal não aprove o texto, uma outra versão será assinada na sexta-feira (24) por Mourão.

Bolsonaro justificou que a solução de recrutar só militares da reserva e não civis envolve menos direitos trabalhistas. "Por que militar da reserva? Porque a legislação garante. Se você contratar civis, para mandar embora é... Entra na Justiça, direito trabalhista. Complica o negócio. Militar é fácil. Eu contrato hoje e demito amanhã sem problema nenhum", avaliou.
Fonte : por Agência Estado.

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