Lula deixou a cadeia na última sexta-feira, após 580 dias preso em Curitiba, atirando para todos os lados. Não poupou o presidente Bolsonaro nem os ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro, e reservou duras críticas ao procurador Deltan Dalagnol, autor da denúncia que culminou com a sua condenação pelo atual ministro da justiça por corrupção passiva e ocultação de patrimônio. O ex-presidente fez dois pronunciamentos à nação após a decisão do STF, que o colocou em liberdade, não reconhecendo como válida a prisão de réus sem sentença transitada em julgado. Ambos foram mal alinhavados e sem uma mensagem clara ao povo brasileiro. Aliás, ele sempre foi ruim de improviso e quando não tem algo pronto na cabeça para transmitir aos seus seguidores, abusa do “olha, gente, eu queria dizer uma coisa pra vocês”. E tome frases muita vezes sem nexo. Em todo caso, Lula ainda ostenta o título de maior líder popular do país e o único com estatura política para fazer contraponto ao governo Bolsonaro. Só não tem o direito de desestabilizá-lo porque seria falta de patriotismo. O líder petista promete viajar pelo país a partir de agora para fazer oposição ao governo (direito seu), o que obrigará o presidente da República a reduzir sua taxa de erros e a convencer os brasileiros de que sua política econômica está no rumo certo.
Ao sacrifício
O PT estabeleceu como regra para as eleições do próximo ano o lançamento de candidato a prefeito em todas as capitais do país e cidades com mais de 200 mil eleitores. A deputada Marília Arraes é a candidata natural no Recife. Mas talvez o partido a sacrifique, pela segunda vez, em nome de sua aliança com o PSB.
A vaga de vice
Cresce o desejo no PT do Recife de só aceitar aliança com o PSB se lhe for dado o direito de indicar o vice do deputado João Campos, o candidato do prefeito Geraldo Júlio (PSB). O problema é que o PSB está muito próximo do MDB e estaria reservando a vaga para esse partido para garantir o apoio do senador Jarbas Vasconcelos.
Segundo turno
A menos que haja um ponto fora da curva, a eleição do Recife deverá ser resolvida no segundo turno e só quem está com o passaporte garantido para chegar lá é João Campos (PSB). O outro finalista é uma incógnita. Pode ser Daniel Coelho (CID), a própria Marília (PT), Patrícia Domingos (sem partido), ou alguém que surgir no ano da eleição.
Debate na Unicap
Hoje, às 9h, no bloco G4 da Universidade Católica, haverá uma palestra do professor Roberto Motta (UFPE) sobre “Sacrifício: o tratamento da culpa e do pecado nas religiões afro-brasileiras”. A coordenação é do Grupo de Pesquisa Religiões, Identidades e Diálogos, que tem como um de seus membros o professor José Roberto Souza.
Esquentando as turbinas
A Câmara de Goiana conferiu na última sexta-feira o título de “cidadão honorário” ao capitão Marcone Clay Moraes de Menezes, que disputou três eleições para prefeito com o nome de “Sargento Menezes”. Em 2014 ele foi o majoritário no município para deputado estadual e por isso examina convite para disputar de novo a prefeitura em 2020.
O retorno
O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Marcos de Lima (Republicanos), está de volta à política. Aos 80 anos, gostaria de encerrar sua vida pública como prefeito de sua terra, São José do Egito, no Sertão do Pajeú. Todos os domingos ele oferece um café da manhã a correligionários na fazenda Melancia, de sua propriedade.
Demanda por estradas
Com dinheiro curto para resolver os principais problemas do Estado, o governador Paulo Câmara ainda vê crescer o número de pedidos para recuperar estradas no interior. Parece até que elas combinaram para se deteriorar todas de uma vez. Algumas são de conserto inadiável, como a que liga Vitória a Escada, nas barbas do Recife.
Fonte: Blog de Inaldo Sampaio
Nenhum comentário:
Postar um comentário