O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), segundo release da sua assessoria de Imprensa, regressou, ontem, da Alemanha, depois de uma semana acompanhando a Cúpula Internacional de Cidades Amigas das Crianças, promovida pelo Unicef. O evento, para azar dele, coincidiu com a semana em que passaram pela capital três ministros envolvidos na tragédia da contaminação das praias por óleo cru de petróleo derramado por supostos navios venezuelanos.
Sua ausência foi bastante criticada pela oposição e por formadores de opinião. "Ele devia ter antecipado sua volta para fazer um plano de prevenção em Boa Viagem e Pina, praias que ainda não estão livres do derramamento do óleo", revela o líder da oposição na Assembleia, Marco Aurélio (PRTB). Segundo ele, há muita descarga de óleo ainda no alto mar e nenhuma praia do Nordeste está livre de amanhecer coberta de piche.
A Associação Brasileira de Restaurantes e Hotéis do Brasil, por sua vez, já acusa uma queda de 4% nas reservas na rede hoteleira do Estado por causa do efeito das manchas de óleo estampadas na mídia nacional. "Recife precisa de um plano de prevenção de suas praias e de uma campanha para recuperar o turista que está nos abandonando", sugere Marco Aurélio.
"A gente tem percebido um volume menor de reservas, 3% a 4% de queda. Temos tido uma preocupação muito grande para mostrar ao turista e às pessoas que ainda estão comprando os seus pacotes de férias que há praias aptas a recebê-los", afirmou o diretor da ABIH-PE, Frederico Loyo.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco, não houve queda significativa no faturamento dessas empresas por causa da presença do óleo nas praias do Estado. Porém, donos desse tipo de estabelecimento perceberam uma mudança no consumo de alguns clientes, que passaram a evitar comer frutos do mar.
O cirurgião plástico Carlos Homero é um desses clientes. Ele contou ter modificado o cardápio na rua e em casa.
“Em vez de a gente começar a comer frutos do mar, a gente está diversificando para pizza, para carne, para outro tipo de coisa, evitando assim que haja um problema de saúde que a gente não sabe o que vai acontecer daqui a algum tempo”, disse.
Até sexta-feira passada, foram recolhidas 1.447 toneladas de resíduos no Estado, incluindo óleo e areia. O material recolhido foi levado para o Centro de Tratamento de Resíduos Pernambuco, em Igarassu, no Grande Recife. No local, os resíduos são transformados em combustível para indústrias de cimento.
Fonte : Blog do Magno Martins.
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