terça-feira, 7 de março de 2023

PSOL e PT na Câmara adotam caminhos opostos em reação a episódio de joias retidas

 

Visão geral do prédio da Câmara dos Deputados, em Brasília
Visão geral do prédio da Câmara dos Deputados, em BrasíliaVeronique DURRUTY/Gamma-Rapho via Getty Images

Ambas da base aliada do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as bancadas do PSOL e do PT na Câmara dos Deputados estudam caminhos opostos em reação ao episódio das joias retidas no aeroporto de Guarulhos que seriam um presente do governo da Arábia Saudita durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Nesta segunda (6), os deputados federais do PSOL protocolaram uma notícia-crime no Ministério Público em que pedem uma investigação do caso das joias. No documento, pedem ainda as quebras de sigilo telefônico, telemático e bancário, além de depoimentos imediatos, de Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e do chefe da Receita Federal, Julio César Vieira Gomes, entre outros eventuais envolvidos.

A Polícia Federal abriu inquérito, na noite desta segunda (6), para investigar a entrada do pacote de joias avaliadas em cerca de R$ 16,5 milhões entregue pela Arábia Saudita. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu a apuração.

Um pacote com joias foi entregue pelas autoridades do país saudita ao ministro de Minas e Energia à época, Bento Albuquerque, que representava o então presidente Jair Bolsonaro em um evento. O item não foi declarado e ficou apreendido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, pela Receita Federal.

A PF quer saber se houve crime na tentativa de entrar com as joias no Brasil. Segundo Dino, os fatos “podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos”.

Bolsonaro negou no sábado (4) suposta ilegalidade quanto às joias trazidas da Arábia Saudita. O ex-presidente disse que, do ponto de vista da legislação, as joias poderiam ser usadas pela então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Dois, três dias depois a Presidência notificou a alfândega que era para ir para o acervo, até aí tudo bem. Nada de mais. Poderia, no meu entender, a alfândega ter entregue. Iria para o acervo e seria entregue à primeira-dama. O que diz a legislação? Ela poderia usar, não poderia desfazer-se daquilo. Só isso, mais nada. Agora estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não recebi”, afirmou o ex-presidente ao SBT.

Fonte: Blog da CNN.

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