Basta um pouco de atenção para perceber qual será o mote da campanha do PSB ao Governo de Pernambuco em 2022 e assim conseguir manter uma hegemonia de quatro vitórias consecutivas para o comando do executivo estadual: reviver os tempos de Lula e de Eduardo. A mensagem a ser passada é clara e objetiva e de fácil compreensão. Lula eleito presidente em 2002, tentou já naquela época trabalhar em conjunto com o então governador Jarbas Vasconcelos (MDB), embora fosse um ferrenho crítico seu. Surgiram comentários à época de que Lula e Jarbas fariam uma aliança na qual Jarbas aceitaria apoiar o candidato de Lula, desde que fosse João Paulo (então prefeito do Recife) e assim Lula, Jarbas e João Paulo estariam no mesmo palanque já em 2006. É fato que se naquele ano o PT tivesse optado por indicar João Paulo para concorrer ao Governo a história poderia ter sido outra. Mas, não. Quem foi indicado para concorrer ao Governo foi Humberto Costa e vocês já sabem todo o restante da história, Eduardo Campos foi eleito governador.
Com Eduardo no Palácio das Princesas, Lula pode então ter um aliado de primeira hora no comando de sua terra. Foi um tempo muito bom para Pernambuco, de muitos investimentos, muitas obras. Tanto que o reconhecimento aconteceu: Eduardo que fora eleito em 2006 no segundo turno, em 2010 foi reeleito no primeiro turno contra Jarbas com uma histórica votação. Em 2010, Eduardo trabalhou pela eleição de Dilma para presidente. Era uma concorrência enorme em Pernambuco e no Ceará para ver qual dos dois governadores conseguiriam dar uma votação expressiva a Dilma: Eduardo Campos ou Cid Gomes. Dilma obteve em Pernambuco 78% dos votos válidos, enquanto no Ceará Dilma teve 77%.
A rivalidade entre o Ceará e Pernambuco em 2010 foi devido a um desentendimento entre Eduardo Campos e Ciro Gomes. Filiado ao PSB, Ciro queria ser o candidato a presidente e Eduardo trabalhou para o partido apoiasse Dilma negando legenda a Ciro. As divergências foram levadas inclusive para a TV pelo próprio Ciro Gomes que acabou saindo do PSB tão logo se encerrou a eleição e se filiou ao PROS.
O segundo mandato de Eduardo Campos foi de ainda mais conquistas para a população pernambucana, tanto que ele entregou o comando do executivo com mais de 80% de aprovação. Pernambuco liderava em geração de empregos e era destaque entre todos os estados do nordeste. A administração de Eduardo passou a ser vitrine no nordeste tanto que o ex-governador era requisitado para participar de atos políticos fora de Pernambuco o que foi entendido como um recado: Eduardo Campos tinha condições de ser Presidente da República.
A diferença de Paulo - Indicado por Eduardo Campos para o Governo, Paulo Câmara não teve a mesma sorte do seu ex-chefe: enquanto os oito anos de Eduardo levaram o PSB e a Frente Popular a viver momentos de glórias, na gestão de Paulo o PSB passou por diversos problemas: o impeachment da presidente Dilma, o governo Temer e o governo Bolsonaro. Fora isso, tivemos ainda uma pandemia que travou completamente o governo.
Elogios - O pré-candidato do PSB, Danilo Cabral, diz que Pernambuco tem novamente a oportunidade de ter um governador trabalhando ao lado de Lula na presidência o que significaria grandes investimentos. Isso só ocorreu com Jarbas e Eduardo e caso Lula venha a vencer a eleição e Danilo também, com os dois. Danilo também faz questão de elogiar o governador Paulo Câmara que segundo o mesmo tem feito um bom governo apesar das adversidades.
Reforço - O deputado federal Silvio Costa Filho também defendeu Danilo para o Governo relembrando a imagem de Eduardo Campos. "Tenho muita confiança que com Danilo e Lula vamos reviver os tempos do governo Eduardo Campos. Um momento de muitas parcerias que foram fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado" disse o parlamentar cujo pai concorrerá a primeira suplência de Teresa Leitão.
Auxílio - O governador Paulo Câmara anunciou, após reunião com o Gabinete de Crise, ontem, que vai estender o Auxílio Pernambuco aos municípios da Mata Sul e Agreste atingidos pelas últimas chuvas. Ao todo, 24 cidades do interior tiveram alagamentos e danos materiais provocados pelas precipitações do fim de semana.
Perdas - O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, concederá entrevista coletiva à imprensa hoje, às 11 horas. O líder municipalista apresentará aos jornalistas estudos que denunciam os impactos decorrentes de decisões tomadas em Brasília com perdas aos Municípios. Ele também vai detalhar as pautas e as ações da Mobilização Municipalista que ocorre em 5 de julho, e que já conta com a inscrição de mais de mil prefeitos.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do Silvinho.
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