Os debates para as eleições de outubro não devem contar com a participação de seus principais concorrentes. Os pré-candidatos Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) são os mais bem colocados nas pesquisas, porém, descartam a participação nos debates de primeiro turno.
Estão previstos por organizadores dez debates no primeiro turno e outros seis no segundo, caso venha a ocorrer. As campanhas políticas estão negociando regras para os eventos acontecerem.
A campanha petista defende a realização de apenas três debates no primeiro turno, por meio de um pool de emissoras.
Aliados do ex-presidente Lula enviaram uma carta aberta à Associação Nacional de Jornais (ANJ) e à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
No documento, eles reconhecem a importância dos debates, mas que estes não seriam tão relevantes quanto o contato direto com os eleitores.
"Dentro do exíguo período de 45 dias de campanha eleitoral, determinado pela legislação em vigor, tal programação de debates, concentrados na capital de São Paulo, é incompatível com a agenda política e a realização de atos públicos de campanha, que exigem deslocamentos pelas 27 unidades da federação", escreveram os presidentes do PT, PC do B, PSB, PSOL, PV, Rede e Solidariedade.
Segundo sua campanha, Bolsonaro não tem enviado representantes para as reuniões com os órgãos de imprensa e organizadores dos debates.
O presidente já afirmou que tem a intenção de participar apenas em debates num possível segundo turno.
Segundo ele, a evasão seria por temer levar "pancada" dos demais candidatos e não ter tempo pra defesa.
Em entrevista, Bolsonaro afirmou: "No segundo turno, vou participar. Se eu for pro segundo turno, devo ir, vou participar"
"No primeiro turno, a gente pensa, porque, se eu for, os dez candidatos ali vão querer o tempo todo dar pancada em mim e eu não vou ter tempo de responder pra eles", finalizou.
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