Na bancada pernambucana, os parlamentares já dão como certa, em conversas reservadas, uma candidatura avulsa da deputada federal Marília Arraes (PT-PE) na eleição da Mesa Diretora da Câmara Federal, prevista para as 19h desta segunda-feira (01).
Por essa tese, ela disputaria o cargo que couber ao PT após formalização dos blocos, mas de forma avulsa. O zum-zum-zum é crescente em torno dessa movimentação desde a última sexta-feira. Em reserva, um parlamentar, à coluna, observa o seguinte: "A rejeição ao PT que derrotou ela na disputa pela Prefeitura do Recife vai elegê-la na disputa da Mesa". Outro deputado define esse voto hipotecado a Marília como uma reação ao PT.
Em outras palavras, Marília Arraes concorreria, a despeito de o PT lançar uma candidatura oficial, ancorada no bloco de Baleia Rossi (MDB-SP). O emedebista concorre com apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ainda das Oposições, reunindo 10 partidos em sua órbita. Em paralelo, estariam se preparando para votar em Marília deputados que trabalham para eleger Arthur Lira (PP-AL), candidato favorito do Planalto.
À coluna, Marília nega que vá concorrer. Apesar disso, há desconforto sendo externado, nos bastidores, por integrantes do bloco de apoio a Baleia, que também dizem estar cientes dessa construção em torno de Marília.
Na semana passada, Marília chegou a se queixar porque Baleia Rossi passou por Pernambuco, onde almoçou com o governador Paulo Câmara no Palácio do Campo das Princesas sem que tenha entrado em contato com ela para comunicar. Marília chegou a relatar ter recebido telefonema do líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE), perguntando porque ela não teria comparecido. Depois disso, a petista se encontrou com Baleia em Brasília, em uma das reuniões na casa de Rodrigo Maia, para contagem de votos. O PT apoia a candidatura de Baleia Rossi. Mas deputados da bancada federal de Pernambuco garantem que Marília pode ser eleita com voto de membros da ala de Arthur Lira.
Fonte : Folha de PE.
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