segunda-feira, 15 de maio de 2023

Um dia importante na minha vida

 

Um dia importante na minha vida

Hoje é um dia muito especial na minha vida profissional. Familiares, amigos, políticos, empresários, o mundo jurídico e empresarial, ouvintes do Frente a Frente, leitores anônimos, enfim, brindarão logo mais, a partir das 19h30m, no restaurante Amadeu, no Recife, o aniversário de 17 anos de criação deste blog, o mais acessado no Nordeste, líder disparado em Pernambuco, segundo o site internacional Alexa.com.

Venho do jornalismo impresso, faço rádio e já atuei em televisão, mas nunca imaginei ser pioneiro no Nordeste nesta plataforma que revolucionou a forma de fazer jornalismo. A rotina diária é exaustiva, quase uma odisseia. Não é fácil trazer, em tempo real, sem descanso, muitas vezes até pela madrugada, as notícias em primeira mão.

Quando eu fazia as notícias em jornal, notadamente colunas políticas, a tarefa diária se encerrava no fechamento da edição do impresso. Ao atravessar a redação e ganhar o mundo, a hora era de relaxar, do bom uísque, da conversa jogada fora no Dom Pedro até esperar o barulho das rotativas para sair com o jornal debaixo do braço ainda cheirando a tinta.

Com a internet e o advento do jornalismo instantâneo, em tempo real, esse sossego foi embora, virei escravo da notícia, que não tem hora para acontecer e chegar aos leitores. Mas há males na vida que vêm para o bem, diz a música do sambista Jorge Aragão, que chega como um conforto. Conforto para quem nunca, como eu, nunca encarou trabalho como apenas o ganha pão, a busca pela sobrevivência.

Acredito na sorte, e fui sortudo em trazer para Pernambuco o primeiro blog da sua história. Acredito mais ainda no amor que tenho pela minha profissão. Tenho amor pelo meu trabalho. Ele me permite viver as melhores experiências da vida. Sempre repito, como se fosse uma ladainha, diante da minha Nayla Valença e dos meus filhos: quem ama o que faz, não trabalha, vive a vida intensamente. Fazer o que gosta é essencial na vida. Ninguém chega longe sem amor ao trabalho. Trabalho com amor e dedicação.

O jornalismo que me faz feliz está na trincheira de defender os que não possuem voz, tirar a venda dos olhos de quem não conhece a verdade, instalar um fio para ligar as pessoas ao mundo. Mais do que isso, ser o terror dos malfeitores. Afinal, o jornalismo só cumpre sua função, verdadeiramente, quando mobiliza a sociedade de alguma forma. Sou daqueles que encara o jornalismo como uma razão para escrever, uma ação para informar e defender causas.

Além do muro – De vez em quando, ouço algum colega, desiludido com a profissão, afirmar que jamais queria ver o filho seguindo a sua profissão. Mesmo frente a mais intransponível adversidade, nunca pensei em mudar de profissão. Meus filhos já adultos não ingressaram em comunicação, nem sei o dia de amanhã em relação aos mais novos, mas jamais os desaconselhava a ser jornalista, desde que encarasse a profissão com o mesmo amor refletido no meu dia a dia e que praticassem o bom jornalismo. Bom jornalismo é uma janela pela qual vemos o que está além do muro.

Sem paixão, não há solução – Trabalho não mata ninguém. Quando se faz com amor não é trabalho. É prazer, passatempo, alegria de viver, fonte de boas energias. Ninguém chega longe sem amor ao trabalho. Vou levando a vida com a filosofia de que sem paixão no que se faz, todo emprego será em vão. A fórmula da felicidade vem de Deus e do amor, mas o trabalho com amor ajuda muito, porque é a chave para realização profissional num mundo hoje tão competitivo e desigual.

Revolução online – A internet não mudou apenas a forma como absorvemos a informação, mudou a própria informação. E continua mudando, neste exato momento, até o que entendemos por jornalismo. Não se trata mais apenas daquela história de chuva de informação, da morte do jornal, da liberdade e aprisionamento on-line. O mundo está entendendo, com atraso, que esse novo tempo pede um novo tipo de jornalismo, o jornalismo da força para a mudança social progressiva.

A profissão não acabou – Hoje em dia todo mundo escreve o que quer, cria blog, canal no YouTube, produz conteúdo no Instagram. Cada vez mais os influenciadores digitais estão tomando conta da internet, dando opiniões em todos os tipos de assunto, alguns até mesmo sem fundamentos. O meio digital permitiu que toda e qualquer pessoa possa produzir conteúdo. Porém, isso está longe de representar uma ameaça, o fim da profissão de jornalista. Entendo que para produzir conteúdo essencialmente jornalístico para a internet é preciso ser um profissional do meio da comunicação, ou seja, um jornalista. Mesmo porque estamos cada vez mais rodeados de informações incorretas.

O estrago das fake news – Precisamos cada vez mais de jornalistas experientes e capacitados para verificar a credibilidade dos veículos de informação ou se o autor apurou realmente aquela notícia. Não é em vão que a disseminação de fake news causa verdadeiros estragos propagando mentiras que interferem na seriedade dos acontecimentos que precisam ser repassados para a sociedade, além de prejudicar a vida de inúmeras pessoas, tanto pessoal, quanto profissionalmente.

CURTAS

NASCEDOURO – A disseminação da informação precisa e muito da presença de jornalistas de qualidade para produzirem conteúdos de qualidade. O jornalismo digital é relativamente recente. Nasceu em 1981, nos Estados Unidos, quando o jornal Columbus Dispatch disponibilizou todo conteúdo da edição diária na rede.

ATÉ LOGO MAIS! – Tudo que coloquei nesta coluna, minha gente, foi com o propósito de provocar esse bom debate neste dia que vamos, juntos, compartilhar, num jantar de adesão, a marca dos 17 anos do blog. Se você ainda não adquiriu o seu acesso, favor entrar em contato com Tatiana Marques no 81. 9.9971.7529

Perguntar não ofende: Sem jornalismo se faz revolução? 

Fonte: Blog do Magno Martins.


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