A produtora e ex-dançaria Giselle Bezerra, está marcando presença na pré-campanha do marido e pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT). Sempre ao lado de seu companheiro, sua principal aparição é como apresentadora da live semanal no youtube, publicada no canal de Ciro.
O público feminino corresponde a 53% do eleitorado brasileiro. Dessa forma, é importante relembrar que desde a disputa presidencial de 2002, o pedetista ainda carrega a "fama" de machista, depois de dizer que a função de sua então mulher na epóca Patrícia Pilar, na campanha era dormir com ele. Ele mesmo já admitiu ter sido infeliz na sua fala e afirmou que aquilo contribuiu para sua derrota. Além disso, na sua jornada política Ciro se envolveu em diversas polêmicas e processos judiciais.
Estratégia Política
Sobre o motivo da estratégia política usada por Ciro em manter a presença da sua esposa na pré-campanha, o cientista político Caio Souza, acredita que corresponde em trazer a presença feminina. "Na verdade Ciro usa a mesma estratégia de Lula e Bolsonaro que não conseguem justificar a ausência de mulheres nas chapas majoritárias de 2022. Claramente, apesar dos candidatos da esquerda possuírem bandeiras e pautas contrárias ao ideal de famílias tradicionais, bem como pregarem contra machismo, terminam por ter que acenar para a figura feminina como símbolo da família tradicional, além de tentarem justificar a ausência feminina em suas campanhas e chapas. Contradições próprias do processo eleitoral", afirmou.
Machismo
O especialista ainda acredita que o motivo da presença de Giselle não corresponde a acusação de machismo que Ciro carrega durante sua trajetória. "Não entendo que Ciro busque qualquer estratégia para alguma acusação de machismo, o que vemos é o protagonismo da primeira-dama no cenário político, o que tem provocado os adversários de Bolsonaro a ter que suprir a ausência de mulheres na campanha através da apresentação das suas respectivas companheiras. Estranho que as bandeiras dos candidatos de esquerda estejam omitindo seus quadros políticos de mulheres, e compensando com personagens que não possuíam essa visibilidade no espaço político", enfatizou.
Fonte: Leia Já.
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