terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Jurados do caso caso Jennifer Kloker são escolhidos


Após um debate acalorado entre promotores e advogados de defesa, o processo de escolha dos jurados do caso Jennifer Kloker, que formam o Conselho de Sentença, chegou ao fim por volta das 11h45 desta segunda-feira (10). Seis mulheres e um homem vão decidir o futuro de quatro dos cinco acusados de tramar a morte da alemã. A sessão, que ocorre no Fórum de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, é presidida pela juíza da 1ª Vara Cível da comarca, Marinês Marques Viana, que acumula a Vara Criminal.

Os acusados são Pablo Richardson Tonelli, marido de Jennifer; Ferdinando Tonelli, sogro da alemã; Alexsandro Neves dos Santos, que teria efetuado os disparos; Delma Freire, sogra da vítima; e Dinarte Dantas de Medeiros, irmão de Delma. Logo no início da sessão, foi suspenso o julgamento de Alexsandro Neves dos Santos, que está sem advogado de defesa. O júri dele foi remarcado para o dia 27 de fevereiro de 2013 e o réu foi retirado da sala do fórum.

Depois de definido o conselho de sentença, serão ouvidas as testemunhas de acusação. Como não há testemunhas de defesa, os réus devem ser interrogados em seguida. Após os depoimentos, o júri entra na fase do debate, quando acusação e defesa apresentam suas conclusões. Cada lado terá até duas horas e meia para tentar convencer os jurados de sua tese. Em seguida, começam a réplica e a tréplica, que garantem mais duas horas para cada.

Mais tempo
Os advogados de defesa também entraram em acordo com o Ministério Público dePernambuco e a juíza Marinês Marques Viana, ampliando para uma hora e meia o prazo para a defesa de cada um dos réus no plenário. O tempo inicial era de 24 minutos, aumentou para 40 minutos quando o réu Alexsandro Neves teve seu julgamento desmembrado, e agora subiu para 1h30.


Antes do acordo, o advogado da acusada Delma Freire, José Carlos Penha, chegou a entrar com um pedido para o desmembramento do júri para que a ré fosse julgada com Neves, em feveireiro de 2013. O MPPE reagiu contra o pedido, afirmando que a defesa tinha o direito de "espernear". "A lei afirma que somente haverá desmembramento, devido às recusas, caso não haja jurados suficientes para compor o júri. Mesmo que todos aqui, inclusive o MPPE, recusem as três vezes a qual têm direito, ainda teremos quórum. Então, não há porque se desmembrar", alegou o promotor André Rebêlo.

A defesa de Delma retirou, pouco tempo após o anúncio do aumento do prazo para a defesa, o pedindo o desmembramento. "Atendendo então ao pedido de ampla defesa, a defesa de cada réu tera 1h30 para fazer seu discurso na plenária", afirmou a juíza Marinês Marques.

Caso
Jennifer foi assassinada a tiros no dia 16 de fevereiro de 2010, terça-feira de carnaval, na altura do quilômetro 97 da BR-408, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. O corpo da jovem foi encontrado às margens da rodovia.

Os acusados foram indiciados pela Polícia Civil por formação de quadrilha e homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e uso de recurso que tornou impossível a defesa da vítima). O grau de parentesco e a convivência entre Kloker e três acusados (Pablo, Delma e Ferdinando) são considerados circunstâncias agravantes. Os Tonelli disseram à polícia terem sido vítimas de latrocínio (assalto seguido de morte) logo no começo do inquérito policial. Com o desenrolar das investigações, os policiais descobriram que Jennifer Kloeker tinha feito um seguro de vida e concluíram que a morte foi tramada pela família. Dos acusados, apenas Delma Freire não confessou participação no crime.
Fonte :G1 PE.

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