domingo, 8 de janeiro de 2023

Com cenário de reeleição, sucessão no Legislativo antecipa disputa para 2025

 

Com um cenário de reeleição dado como certo no Congresso Nacional, inclusive pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a disputa de fevereiro para os comandos da Câmara e do Senado antecipou articulações políticas para a sucessão de 2025.

Os atuais presidentes Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) são favoritos para seguirem por mais dois anos à frente da Câmara e do Senado, respectivamente.

No caso do deputado federal, não há, a menos de um mês da eleição interna, nem candidatura de oposição.

No Senado, apesar da disposição do senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) de concorrer contra Pacheco, o bloco governista formado por PSD, União Brasil, MDB e PT torna improvável uma mudança no comando da Casa Legislativa.

Nos bastidores, Lula já disse que não irá interferir na disputa legislativa e, na sexta-feira (6), em reunião ministerial, deixou claro que ele precisa mais de Lira e de Pacheco do que ambos dependem do Poder Executivo, um aceno explícito de apoio.

Diante do cenário praticamente definido para este ano, partidos como MDB, União Brasil e PL vislumbram as eleições legislativas de 2025, quando almejam contar com o apoio de Lira e de Pacheco, importantes cabos eleitorais de suas próprias sucessões.

No Senado, em troca do apoio à reeleição de Pacheco, MDB e União Brasil querem a garantia de apoio do atual presidente para a próxima disputa.

Pelo MDB, a ideia é lançar o atual ministro dos Transportes, Renan Filho (AL).

Já o União Brasil trabalha pela volta ao posto do senador Davi Alcolumbre (AP), que comandou o Senado de 2019 a 2021.

Na Câmara, PL e União Brasil desejam o apoio de Lira em 2025.

No PL, tem ganhado força os nomes de Fernando Giacobo (PR) e Lincoln Portela (MG), de perfil mais moderado e não associados diretamente ao bolsonarismo.

Já o União Brasil defende Luciano Bivar (PE), que abriu mão de candidatura neste ano para apoiar Lira.

A nova legislatura do Congresso Nacional tem início no dia 1º de fevereiro, quando os deputados e senadores tomam posse. Na sequência, é feita a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado e a definição da Mesa Diretora e dos comandos das comissões temáticas.

Fonte: Blog da CNN. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário