Nas historinhas sobre o lado bem humorado do ex-governador Miguel Arraes, quebrando a imagem caricatural de sisudo que ele passava, cometi um equívoco histórico no texto de ontem, quando informei que o ex-senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) não havia apoiado a candidatura do velho mito ao Governo do Estado, em 1994.
Ao ler, Fernando me ligou e contou que a frase de Arraes, a qual me referi – “Cachorro novo, está entrando muito cedo no mato” – não se aplicou às eleições de 94. Segundo o ex-senador, Arraes contou não apenas com o seu apoio, mas com a sua coragem. “Quem não queria Arraes era Jarbas, que apoiou Krause. Eu abri uma dissidência, correndo, inclusive, risco de vida”, afirmou.
Sua vida esteve em risco, segundo ele, porque a convenção do então PMDB, que por força do jarbismo decidiu pelo apoio a Krause, foi realizada no Recife num clima pesado, violento, com políticos afamados chegando ao local armados, expondo claramente seus revólveres. FBC lembra que não apenas ficou do lado de Arraes, como, na condição de prefeito de Petrolina, apoiou a candidatura de Eduardo Campos para deputado federal.
Quando à frase, foi para contextualizar o fato de Fernando Bezerra, ainda muito jovem e sem peso político no então PMDB, tentar atrapalhar o projeto da volta de Arraes ao Palácio das Princesas, consequência do governo sem boa avaliação de Joaquim Francisco, que quatro anos antes, havia derrotado Jarbas, numa eleição que Arraes fez de contas que estava apoiando, quando, na verdade, seu projeto era ser o federal mais votado e ainda, numa chapinha do PSB, eleger mais cinco federais.
Alckmin voando – O presidente Lula sugeriu a seu vice, Geraldo Alckmin, que também faça viagens internacionais. O primeiro destino indicado pelo petista foi Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. A sugestão foi feita por Lula a Alckmin no dia em que o presidente da República embarcou para sua primeira viagem à Europa, no dia 20 de abril. Segundo relatos, Lula ressaltou que a visita a Abu Dhabi seria importante para Alckmin atrair para o Brasil investimentos do país árabe, que tem um fundo soberano com US$ 1,3 trilhão.
Fala e silêncio – No final de semana, a senadora Teresa Leitão (PT) e a deputada federal Maria Arraes (SD) abriram o bico para criticar a governadora Raquel Lyra (PSDB). Esperam os primeiros 100 dias para se manifestar, mas na Assembleia há um silêncio sepulcral em relação ao Governo, com raras exceções na bancada de oposição, como o líder do PSB, Sileno Guedes.
Aumento antecipado – Ao longo dos governos petistas, reajustes do salário mínimo eram anunciados nos atos de 1º de maio, que devem ocorrer hoje em todo o País. Este ano, porém, o governo se antecipou e já confirmou o aumento para R$ 1.320,00 a partir deste mês. O reajuste segue uma série de ações focadas para as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e econômica, como o aumento do valor base do programa social Bolsa Família, que chegou aos R$ 600, além de pagamentos extras que foram disponibilizados, e também o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Ação contra o Rei – O cantor Roberto Carlos e duas empresas ligadas ao Rei são alvos de uma ação trabalhista. De acordo com informações do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, um ex-técnico de áudio cobra R$ 430 mil. Segundo a publicação, o homem alega que trabalhou para Roberto Carlos entre junho de 2010 e outubro de 2022, sendo responsável pela mixagem de todas as músicas do cantor. No entanto, ele nunca teve carteira de trabalho assinada.
O amor é lindo – O deputado Túlio Gadêlha (Rede), de 35 anos, surpreendeu Fátima Bernardes, de 60 anos, com um novo corte de cabelo, enquanto ambos estavam em um salão de beleza. Ele cortou os cabelos curtinhos e fez um vídeo para mostrar a reação da apresentadora. “Quando você resolve tirar a cabeleira e fazer uma surpresa para a namorada. Tomara que ela goste”, escreveu ele, na legenda do vídeo. Nas cenas, Gadêlha caminha em direção a Fátima Bernardes ansioso e mostra a reação da apresentadora. “Amor, ficou lindo. Amei”, diz ela.
CURTAS
CPI MST – A intensificação de invasões nos primeiros meses de governo Lula gerou reação no Congresso. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) articulou a instauração de uma CPI para investigar o movimento. O ministro Alexandre Padilha defende o MST: “Aproveito para ressaltar que não existe nenhum fato determinado, como exige a Constituição, para a criação de eventual CPI sobre o MST.”
SEM PARTIDO – Para a colunista Eliane Cantanhêde, do Estadão, assim como jamais deveria fazer loas à China e à Rússia, duas ditaduras, e espezinhar os Estados Unidos e a Europa, as grandes democracias ocidentais, o presidente Lula não deveria tomar partido tão explicitamente entre o agronegócio e o MST.
Perguntar não ofende: Quem vai dominar a CPI Mista do 8 de janeiro: oposição ou governo?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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