sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

A missão de manter a força do PSB na política pernambucana

Após passar dezesseis anos comandando o Governo de Pernambuco, o PSB precisa literalmente se reinventar para continuar como uma alternativa na política estadual. Não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. O partido escolheu recentemente o deputado estadual Sileno Guedes para liderar a legenda na Assembleia em um papel que o partido não fazia desde o ano de 2007: ser oposição ao atual governo. Sob o comando de Arraes e Eduardo Campos, o PSB chegou por diversas vezes ao comando do executivo e sempre foi considerado um partido forte e atraente para a classe política pernambucana.

Em 2007, no prazo de filiação da legenda que naquela época era de um ano antes da eleição, os socialistas viram uma verdadeira guerra pelo comando da legenda nos municípios por grupos rivais. Agora, o caminho tende a ser bem diferente e é difícil de imaginar que os socialistas vão assistir calmamente o PSDB crescer no estado como alternativa. Além disso, correm o risco de verem outras legendas o ultrapassarem.

Além de conseguir manter um grupo o que já não é tarefa fácil, o PSB precisa conseguir se manter como alternativa de esquerda em Pernambuco. No primeiro governo Lula, conseguiu. Afinal de contas, o partido tinha na época a liderança crescente de Eduardo Campos que era um político habilidoso e articulado. Agora com João Campos que se divide em manter o PSB unido e cuidar do Recife e além do mais de uma campanha de reeleição no ano que vem, a tarefa e a responsabilidade é ainda maior. 

Após a derrota eleitoral de 1998 para Jarbas, o PSB viu no ano seguinte o seu adversário no campo ideológico (o PT) conquistar a Prefeitura do Recife e tornar ainda mais inviável a volta dos socialistas ao poder. A legenda ficou 8 anos longe do comando do estado e só apenas em 2012 conseguiu conquistar o comando da Prefeitura da Capital que mantém até hoje. Manter-se no poder no Recife é essencial para o PSB. Por isso, todos os atores do partido consideram prioridade a reeleição de João Campos e não estão errados. 

Peso - Eduardo Campos sabia bem o peso eleitoral que o Recife tinha para o seu projeto político. Em 2012 quando resolveu lançar Geraldo Júlio a contragosto do PT, o socialista viu seu nome estourar como presidenciável tão logo foi anunciada a vitória do seu companheiro de partido. Caso Daniel ou Humberto tivesse vencido aquela eleição, seria bem mais complicado para o PSB se tornar uma alternativa nacionalmente.

Luto - Políticos pernambucanos lamentaram a perda do ex-prefeito de Belo Jardim e ex-deputado estadual Cintra Galvão que se foi, ontem, aos noventa anos. Cintra era uma das figuras mais importantes da cidade e considerado uma lenda viva da política municipal.

Vitória - Depois de tantos entraves judiciais o deputado estadual Lula Cabral conseguiu a vitória definitiva que tanto almejava: estabilizou-se no cargo de deputado estadual pelos próximos quatro anos. O TSE decidiu ontem por unanimidade confirmar o pleito de Lula Cabral. 

Líder - O deputado Alberto Feitosa terá a responsabilidade de liderar o PL em Pernambuco. A bancada do partido é composta por cinco deputado estaduais. Feitosa foi o campeão de votos na última eleição para deputado estadual pela legenda e ficou em segundo lugar  entre os 49. 

Reunião - A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, se reúne, nesta sexta-feira, 10, com senadores e deputados federais pernambucanos. As reuniões acontecem no Palácio do Campo das Princesas, às 13h e 16h, respectivamente. Em pauta, prioridades do estado junto ao Governo Federal.  Com esses encontros, a governadora encerra o primeiro ciclo de reuniões com lideranças do estado. Desde janeiro, Raquel já realizou encontros com prefeitos e prefeitas de todas as regiões de Pernambuco e deputados estaduais.

Silvinho Silva, editor do Blog
Whatsapp: (81) 98281 4782
Email: silvinhosilva2018@gmail.com
Instagram: @blogdosilvinho_oficial

Fonte:Blog do Silvinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário