sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Raquel Lyra abre negocição com deputados estaduais na segunda-feira

Hélia Scheppa/SECOM

A governadora Raquel Lyra - FOTO: Hélia Scheppa/SECOM

Em busca do apoio de ao menos 25 parlamentares, para formar maioria na Assembleia Legislativa do Estado, onde precisa aprovar os projetos que considera estratégicos, a governadora Raquel Lyra decidiu abrir negociação com os deputados estadual, oficialmente.

Os parlamentares serão ouvidos ao longo de todo o dia, começando com os três eleitos pelo PSDB.

Na sequência, serão ouvidos os deputados do Solidariedade, PP, PL, PT e PV. Na parte da tarde, devem ser ouvidos União Brasil, Republicanos, PC do B e Patriota.

De acordo com informações de bastidores, cada bancada deve ter cerca de 30 minutos para a apresentação das demandas. Alguns dos deputados alimentam a esperança de iniciar o processo de indicação de cargos no segundo escalão, já que não foram ouvidos para a formação do secretariado.

PP foi o primeiro a aderir à base de Raquel Lyra

Nesta semana, o PP do deputado federal Eduardo da Fonte selou a entrada do partido na base de Raquel Lyra, em um acordo articulado pelo líder do governo na Assembleia, Izaías Régis.

O grupo de deputados do PP é o segundo maior da Casa de Joaquim Nabuco, com oito parlamentares. O primeiro é o PSB, com treze deputados estaduais, que estão na oposição.

O problema para a situação é uma inovação aprovada no final do ano passado, com a figura das bancadas independentes. O blog de Jamildo já explicou a mudança no começo desta legislatura, em primeira mão.

O PSDB elegeu apenas três parlamentares e com o apoio do PP chega a 11. Só o PSB tem 13 deputados. Para ter maioria, o PSDB precisa chegar a 25 votos na casa.

O PT, que tem 3 parlamentares, já se declarou independente, afastando-se do PSB. O União Brasil, com 5 deputados, ainda não definiu posição.

A mudança foi promovida porque dá mais poder de negociação aos parlamentares. No modelo anterior, as decisões davam mais força política aos caciques dos partidos. Agora, as negociações serão feitas deputado a deputado, pontualmente, exigindo mais articulação dos governistas.

De acordo com informações de bastidores, Raquel Lyra não passou recibo, reclamando das mudanças, porque teria interesse de negociar não com os partidos, mas individualmente com os deputados. A situação ajudaria a influenciar a adesão dos parlamentares mais na frente, nas eleições municipais.

Fonte: Blog de Jamildo.

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