A oposição no Estado já rastreou o decreto de ajuste nos gastos anunciado pela governadora Raquel Lyra, anunciado nesta quinta-feira.
"Parece que a equipe da Gov gosta de Control C e Control V. Copiaram o decreto do Rio Grande do Sul. Só q esqueceram de usar os valores base daqui e a pretensa economia saiu a menor (R$ 250 milhões)", afirma um parlamentar, sob reserva de fonte.
"Ela copiou o decreto de 2019 de Eduardo Leite (governador do PSDB no RS, reeleito). Inclusive na meta. Só que os valores reais utilizando os dados de Pernambuco dariam mais de R$ 250 milhoes. Que amadorismo".
Nas contas do estudo comparativo, considerando as regras postas, em relação aos gastos de 2022, a economia deveria ser de R$ 366 milhões.
"O que chama atenção é que parece que o atual Governo institui metas e editou um Decreto sem conhecer, de fato, qual seria esse impacto. Ao verificar apenas alguns itens do Decreto (Diárias, Materiais Permanente, Passagens aéreas, Combustíveis e Locação de Veículos) o valor de uma provável economia seja de mais de R$ 250.000.000,00", cita o comparativo, feito em tempo recorde.
"Ao considerar também as despesas com aluguéis de imóveis, cursos, congressos, seminários, serviços gráficos e impressão, locação de mão de obra, contratação ou renovação de contratos de prestação de serviços de terceiros e convênios, a meta do Governo Raquel Lyra mostra ser bem aquém do que propõe o Plano de Qualidade do Gasto".
"Talvez quem copiou o Decreto nº 54.479, de 2 de janeiro de 2019 do Governo do Estado do Rio Grande do Sul tenha esquecido de revisar as metas propostas e qual seria o real impacto aos cofres do Governo do Estado... de Pernambuco".
Em 2015, o ex-governador Paulo Câmara lançou um projeto ainda mais ousado, nos valores, instituindo o Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG), que tinha como meta um corte de R$ 320 milhões nas despesas correntes, o dobro da meta proposta pelo Governo Raquel Lyra.
Ao que parece, o gabinete paralelo armado para vigiar as ações administrativas da tucana está só no começo.
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