quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Políticos começam a perder paciência com demora de Raquel na montagem da equipe

 

Cadê o Secretariado de Raquel? Eis a pergunta mais ouvida nos últimos dias nos meios políticos, empresariais e de formadores de opinião em Pernambuco. Tudo porque a posse da governadora eleita será daqui a dez dias e, até o momento, não se tem conhecimento de um só nome do seu primeiro escalão.

O que está acontecendo? Outra indagação que se segue. E com propriedade, diga-se de passagem. Afinal, nos demais 25 Estados brasileiros e o Distrito Federal a realidade é diferente. São Paulo, Rio e Minas, principais Estados, os secretários já são do conhecimento público.

No Nordeste, nos dois Estados mais importantes, Bahia e Ceará, os governadores também já escolheram e anunciaram suas equipes. Mas em Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) não avança nas negociações nem com os partidos políticos nem tampouco nos convites de escolha técnica e pessoal.

A tucana ganhou adesões no segundo turno da eleição além do que imaginava para derrotar Marília Arraes. Até quatro deputados do PSB, partido que está há 16 anos no poder, subiram no seu palanque.

Resultado? A governadora tem poucos cargos para atender a muitas demandas, até porque, segundo ela, haverá uma reforma administrativa que passa pela extinção e fusão de pastas. Políticos ouvidos pelo blog relatam que não está fácil para Raquel, que anda com os nervos à flor da pele.

Um exemplo de um nó? A escolha de Miguel Coelho. Quando soube que Raquel havia convidado o ex-prefeito de Petrolina para uma secretaria indefinida, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, mandou dizer que o partido não iria se contentar apenas com o gesto dela de atender a Miguel.

Ligado ao ex-senador Armando Monteiro, o empresário Fred Loyo seria o nome da preferência do grupo de Armando para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, mas até agora sequer foi chamado para uma conversa pela governadora eleita ou interlocutor gabaritado.

Dizem que o deputado não reeleito Daniel Coelho boicotou a diplomação de Raquel porque não gostou da missão que teria sido delegada a ele: dirigir o escritório de representação do Governo de Pernambuco em Brasília. “Há uma inquietação muito grande entre os dirigentes partidários”, disse um político graduado em reserva.

Segundo ele, já tem muita gente insatisfeita e desapontada com Raquel. “São pessoas que querem resolver até suas festas de fim de ano e que dependem de uma conversa com ela, porque o Natal já será daqui a três dias”, reclamou outro político felpudo.

Fonte: Blog do Magno Martins.

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