Candidato ao governo de Pernambuco pela Frente Popular, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) participou do programa Folha Política, onde fez um balanço da disputa estadual e as perspectivas do PSB para o futuro governo Lula.
Diante do cenário em que a governadora Raquel Lyra (PSDB) foi eleita no último domingo, o socialista avaliou que a derrota de Marília foi claramente uma consequência da fragmentação da esquerda, que poderia ter marchado unida em torno do projeto de Lula, mas a decisão pessoal de ser candidata a governadora foi determinante para que a disputa fosse vencida pela oposição.
Danilo ressaltou que foram várias as tentativas de unidade, inclusive ofertando o Senado a Marília Arraes, que pelo desempenho de Teresa Leitão, certamente teria sido eleita num entendimento da Frente Popular. Questionado sobre o desempenho de Marília no segundo turno, o socialista sublinhou a própria derrota da candidata do Solidariedade no Recife, quando viu a direita tomar uma proporção significativa na capital pernambucana.
Para Danilo, é preciso a Frente Popular e o próprio PSB fazerem uma reflexão do que ocorreu nas eleições deste ano, sobretudo para pensar em 2024 na reeleição de João Campos e na disputa de 2026. Esta reflexão ajudará a identificar os erros estratégicos da campanha e evitar que eles se repitam tanto na disputa municipal vindoura quanto na disputa estadual daqui a quatro anos. “A verdade é que não tivemos uma unidade real e integral do nosso campo nem no primeiro turno com nossa candidatura, nem no segundo turno com Marília. Projetos pessoais impediram essa construção. Ou refazemos esse caminho, ou seremos todos derrotados novamente em 2024”.
Futuro – O deputado federal Danilo Cabral, questionado se voltaria para o TCE, afirmou que ainda tem mandato e irá dedicar este período que resta do seu mandato no sentido de contribuir com a construção do futuro governo Lula, a quem tem boas expectativas para o futuro.
Lamento – O socialista também lamentou a perda de diversos quadros do PSB, a exemplo dos pernambucanos Gonzaga Patriota, Milton Coelho e Tadeu Alencar, que assim como ele próprio, deixarão a Câmara dos Deputados em 2023. A bancada socialista ficou em apenas 14 deputados federais.
Sintonizados – Além do governador Paulo Câmara, que está cotado para o ministério de Lula, outros dois pernambucanos possuem trânsito livre com o presidente eleito: os deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos) e Wolney Queiroz (PDT). O pedetista, inclusive, tem atuado diretamente na transição do atual para o próximo governo.
Roberta Arraes – Primeira-suplente do PP na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a deputada estadual Roberta Arraes conseguiu garantir 19.873 votos para Raquel Lyra em Araripina no segundo turno, o equivalente a 46,92% dos votos válidos. No primeiro turno, Raquel obteve apenas 908 votos na cidade, o equivalente a 2,31%.
Força – Além do desempenho eleitoral do PP no estado, quando elegeu quatro federais e oito estaduais, o deputado federal Eduardo da Fonte terá força tanto no estado com Raquel Lyra quanto com Lula em Brasília, pois tem excelente trânsito com o governo eleito.
Inocente quer saber – Se a Frente Popular tivesse unida, ganharia a eleição em Pernambuco?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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