quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sedes sofrem com discussões políticas e burocracia

Alvarás, aprovações, garantias financeiras, vistorias. Alguns entraves burocráticos têm sido o principal problema das cidades-sede da Copa de 2014 para pôr em pé suas novas arenas. Após reclamações públicas da Fifa e de puxões de orelha do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que chegou a estipular prazo para que cada Comitê Local iniciasse a obra de seu estádio, o andamento foi acelerado. Apesar disso, o clima tenso ainda está no ar.
O melhor exemplo dessa situação está em São Paulo. Após muita polêmica em relação ao Morumbi, primeiro estádio indicado como palco paulistano, ficou definido, após a Copa do Mundo, que o futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, ocupará o posto. A arena corintiana, porém, ainda não passou de uma maquete. "O trâmite burocrático é grande. São necessários vários documentos, alvarás, garantias. Vamos cuidar disso nos próximos meses, até o fim do ano", garantiu o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. "Nossa ideia é que a obra seja iniciada no começo de 2011. O prazo de conclusão é na metade de 2013."
A seguir, as sedes que mais têm problemas.


Curitiba. A Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR indicado pelo COL paranaense, ainda aguarda parecer da Câmara Municipal de Curitiba para definir a licitação da empresa que fará a obra de conclusão do estádio. Os vereadores precisam determinar se haverá isenção de impostos para as empresas envolvidas. As reuniões, marcadas para os dias 26 e 27, prometem ser acaloradas.

Natal. As obras do Arena das Dunas ainda estão na fase de escolha da construtora. No dia 4 de novembro se encerrará o prazo para as empresas apresentarem as propostas. Até agora, 26 já retiraram o edital da concorrência pública. O Arena das Dunas terá capacidade para 40 mil pessoas e custará R$ 420 milhões. A concessão público privada dará o direito de a empresa administrar o estádio por 30 anos.

Recife. O governo de Pernambuco garante que o estádio que será construído no município de São Lourenço da Mata será entregue no prazo. O fato de 200 dos 260 hectares do terreno que abrigará a Arena da Copa estarem penhorados pela Justiça como garantia do pagamento de uma dívida trabalhista, avaliada em R$ 6 milhões, não representa problema, segundo os responsáveis. O governo do Estado busca trocar o objeto da penhora por outro bem da Pernambuco Participações e Investimentos S.A.


O Estado de S.Paulo


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