O MDB de Pernambuco construiu uma grande trajetória no estado, tendo governadores eleitos pela sigla como Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos, além de quadros importantes como Cristina Tavares, Dorany Sampaio, Sérgio Guerra, Cadoca e muitos outros nomes da política pernambucana. Mas desde a ascensão de Jarbas Vasconcelos ao Palácio do Campo das Princesas em 1998 e posteriormente sua saída do cargo em 2006, que o partido foi perdendo espaço no estado, diminuindo suas bancadas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
O deputado federal Raul Henry foi um dos poucos que se mantiveram no partido, que foi alvo de uma disputa judicial com o senador Fernando Bezerra Coelho, cuja queda de braço foi vencida por Raul, mas o mesmo foi incapaz de ampliar a presença da legenda no estado, tanto que o deputado estadual eleito Jarbas Vasconcelos Filho teve que buscar abrigo no PSB porque o MDB não fez chapa para eleger deputados estaduais nas eleições deste ano.
O próprio Henry acabou prejudicado nas eleições deste ano, quando o partido foi preparado para eleger apenas um deputado federal. A expectativa inicial era que o próprio parlamentar pudesse conquistar a reeleição mas acabou surpreendido por Iza Arruda que elegeu-se deputada federal com mais de 100 mil votos.
A partir de fevereiro Henry não terá mais mandato em Brasília, o MDB terá como protagonistas o prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto, o prefeito de Paulista, Yves Ribeiro, a própria deputada eleita Iza Arruda e o senador Fernando Dueire, que assumiu o cargo após a licença de Jarbas Vasconcelos.
Caberá a estes quadros a incumbência de resgatar o MDB de Pernambuco, que nos últimos anos virou satélite do PSB para manter os pequenos espaços de poder da legenda, abdicando inclusive de liderar uma candidatura ao governo de Pernambuco em 2022 com Miguel Coelho para manter-se na Frente Popular. Como aliado da governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), o MDB terá a missão de crescer e retomar seu protagonismo político e eleitoral de outrora em Pernambuco.
Digitais – O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teria colocado suas digitais nas manifestações que não reconhecem o resultado das eleições ao declarar que as forças armadas são o último obstáculo ao socialismo e que a instituição deve lealdade ao povo e à Constituição.
Sem perseguição – O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que não haverá perseguição da Polícia Federal ao presidente Jair Bolsonaro e aos seus filhos durante o governo Lula, segundo Dino, a PF não pode ser instrumento de espetáculo ou linchamento midiático.
Três ministérios – O MDB aposta em emplacar três ministérios no governo Lula, Desenvolvimento Regional para a ala da Câmara, Minas e Energia para a ala do Senado e Cidadania para a senadora Simone Tebet, que entraria na cota pessoal do presidente. A dúvida é se Lula estaria disposto a garantir tamanho protagonismo ao partido.
Inocente quer saber – Se Lula topar a pedida do MDB, quem seriam os outros dois indicados pelo partido para a equipe ministerial?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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