O presidente eleito Lula assumirá pela terceira vez o comando do Palácio do Planalto em janeiro. Sua volta ao poder acontece após um hiato de doze anos que houve duas vitórias de Dilma Rousseff, o impeachment dela, a ascensão de Michel Temer, a prisão do próprio Lula e a vitória de Jair Bolsonaro em 2018.
Nestes anos, a crise institucional se fez presente no dia a dia da política brasileira e acabou agravando situações econômicas e sociais, sobretudo após a chegada da pandemia que tem sido o maior desafio da humanidade. Político experiente, Lula sabe que assumirá o país em condições mais desafiadoras do que em 2003, pois a eleição dividiu o Brasil ao meio, e para conquistar parte dos insatisfeitos com sua vitória e manter seu eleitorado flutuante que veio pela rejeição do presidente Bolsonaro, Lula terá que dar um cartão de visitas para o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, setores da economia e a imprensa, numa sinalização de que vai buscar aperfeiçoar as relações entre os setores constituídos para garantir ao país um ambiente de maior normalidade.
O principal sinal que Lula estará emitindo ao establishment será na formação da sua equipe ministerial, dando um caráter mais ao centro com a nomeação de quadros experientes que dialoguem com diversos segmentos sociais. A presença de nomes tarimbados para a esplanada será um primeiro passo para que o país volte aos trilhos da normalidade. Lula emitiu outro sinal importante quando aceitou apoiar a candidatura de Arthur Lira à reeleição para a presidência da Câmara dos Deputados, pois entendeu que neste momento seria comprar uma briga desgastante e sem muitas perspectivas de vitória se optasse por lançar um nome mais alinhado com suas pautas ideológicas.
Esses movimentos serão determinantes para o sucesso do governo Lula, que não só terá Bolsonaro no seu retrovisor, como também o seus dois governos anteriores, que serão inexoravelmente comparados com o terceiro, e dar respostas positivas aos problemas do país será a mola propulsora para que Lula possa fazer novamente história ao comandar pela terceira vez o Palácio do Planalto.
Recado – O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Felipe Carreras, afirmou que a prioridade da legenda para ocupar o ministério no governo Lula será o ex-governador de São Paulo, Marcio França. A bancada, inclusive, sinalizou que pretende que França assuma o futuro ministério das Cidades.
Avante – O Avante elegeu apenas sete deputados federais, mas obteve mais de 2% dos votos válidos, exigência mínima para atingir a cláusula de barreira. Por isso, será uma das dezesseis siglas que continuarão existindo, portanto o deputado federal eleito Waldemar Oliveira permanecerá no partido que preside no estado.
Crescimento – O PIB brasileiro teve crescimento de 0,4 ponto no terceiro trimestre, o que sinaliza para um crescimento acumulado de 3,2 pontos em 2022. O PIB de 2021 também foi revisado pra cima pelo IBGE, de 4,6% para 5,1%. Mesmo com pandemia, a equipe econômica do governo Bolsonaro provou que é possível fazer o certo em mares tortuosos.
Inocente quer saber – O PSB de Pernambuco está falando a mesma língua?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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