Com o objetivo de debater os impactos do Censo na gestão local, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, se reuniu na tarde desta terça-feira, 12 de setembro, com o deputado Sidney Leite (PSD-AM), coordenador da Comissão externa sobre a situação dos Municípios que perderam recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), instalada na Câmara Federal para avaliar o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também participou da reunião o quinto vice-presidente da entidade, Jair Souto.
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O parlamentar pediu apoio da entidade para que se possa analisar as possíveis distorções do levantamento. Pelo Censo divulgado em junho deste ano, a população brasileira teve uma redução de aproximadamente 4 milhões de habitantes frente à prévia do Censo divulgada no final de dezembro de 2022 e 10 milhões em relação às estimativas populacionais divulgadas em 2021.
Ziulkoski destacou que é fundamental analisar o Censo e apontar os erros. Ele ponderou, no entanto, que a defesa da entidade é para que uma nova contagem populacional seja realizada já em 2025 a fim de levantar dados efetivos e corrigir as distorções decorrentes do levantamento.
“A gente sabe o que houve, é importante que a comissão possa evoluir para demonstrar os problemas. Nós podemos atuar junto com vocês. E a nossa ideia é garantir que ocorra uma contagem populacional em 2025 para que sejam corrigidas as distorções. Eu vou lutar no Congresso e a Comissão será muito importante para isso. Precisamos incluir no Orçamento do próximo ano os recursos necessários para fazer essa contagem da forma correta, com a estrutura necessária”, afirmou.
Souto destacou que o trabalho da Comissão é importante para sugerir a correção na forma dos levantamentos do Censo. “Como se faz políticas públicas com esses erros que estamos vendo”, questionou. Ziulkoski reforçou que os problemas observados não são culpa do IBGE. “Eles estão sendo torturados, porque não têm a estrutura necessária para fazer esse levantamento”, alertou.
Ficou acertado que a Confederação vai apoiar o trabalho realizado pela Comissão. “Vamos estabelecer sim uma meta de trabalho. E trazer nossa equipe para apoiar. Sua iniciativa é fundamental e o seu trabalho também. E a região Norte é a que mais sofre com essa realidade. Você tem toda uma dificuldade que nós não temos. Mas eu realmente acho que a solução está em 2025”, concluiu.
Fonte:Da Agência CNM de Notícias.
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