De acordo com o Tesouro Nacional, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
devera alcançar uma redução de 36% em março comparada ao mês anterior. O
presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski conta
que os valores vêm caindo desde fevereiro. “O FPM já vem apresentando queda em
comparação com o primeiro decêndio de fevereiro deste ano, o repasse apresentou
queda de 49,8%. Este mês o Tesouro havia previsto queda de 26%, mas alcançou
36%, e a questão do piso do magistério agrava a situação”, alerta Ziulkoski.
O governo estuda medidas para amenizar a queda do
FPM e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante afirmou na última sexta-feira,
9 de março em evento em Brasília que pode ser criada uma compensação para
ressarcir os Municípios. Além disso, o ministro ressaltou que esta é uma
negociação que a própria presidente Dilma Rousseff vai conduzir junto aos
prefeitos. Ele defendeu uma espécie de pacto para que o Piso Nacional do
Professor não onere as contas dos Municípios e reconheceu que o reajuste de
22,22% conferido este ano, era necessário, devido as grandes perdas dos
docentes. Em contrapartida, o ministro admitiu que é preciso encontrar uma
"fórmula" para discutir o assunto.
Para Ziulkoski, o governo precisa negociar com as
prefeituras uma forma de compensação da queda, assim como em 2009, quando a
crise econômica provocou queda em alguns tributos que compoem o FPM. O programa
que viabilizou a compensação em 2009 foi denominado "Apoio Financeiro aos
Municípios (AFM)". Os cálculos da compensação levaram em consideração a queda
nas arrecadações nos meses de julho e agosto em relação ao mesmo período de
2008.
Prefeitos cobram ajuda do
Governo
Durante evento com o ministro, o presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Benes Leocádio, aproveitou para cobrar publicamente do Governo Federal contrapartida para que os Municípios possam pagar o novo Piso Nacional do Magistério, que é de R$ 1.450. “O governo federal precisa ofereçer uma compensação aos Municípios para ajudar a pagar os valores, pois eles não tem como pagar”, cobra, Leocádio.
Os prefeitos potiguares já estão em alerta após
terem sido avisados sobre a queda, segundo o presidente da Femurn, um Município
de menor porte que receberia R$ 387 mil de FPM, com a queda deve receber R$ 249
mil. “Os Municípios do Estado devem ter uma perda de aproximadamente R$ 100
milhõs com a previsão de queda anunciada”,enfatizou o presidente da Femurn.
Ziulkoski que esteve em Natal (RN) na sexta-feira
com o programa Diálogo Municipalista afirmou que os Municípios ficam com os
gastos e o Governo Federal com as benesses. “Este é um ano de fim de mandato e
nehuma despesa pode ser deixada para outro governante, sob pena de responder por
improbidade. Porém, a cada mês a conta das prefeituras só aperta”, lamenta o
lider municipalista.
Fonte:CNM
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