O combate à pobreza é fundamental para atingir a proteção do Planeta Terra, dizem importantes líderes mundiais em artigo assinado por presidentes como o do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron. O artigo, divulgado hoje na Bloomberg, afirma que a Cúpula de Paris, que acontecerá na quinta e sexta-feira, será usada para acelerar os esforços em busca do desenvolvimento sustentável.
No texto, os líderes reconhecem que o mundo ainda está longe de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) como meta até 2030. Para atingi-los, as nações afirmam ser necessário um novo modelo econômico que reconheça o valor da natureza, e que os países trabalhem coletivamente, com maior atenção aos países em desenvolvimento, para que todos atinjam as metas de financiamento climático coletivo.
Parte dos esforços dos países, além de dedicar recursos ao combate às mudanças climáticas, será de buscar novas formas de financiamento, como recompra de dívidas, engajamento de setores que prosperam e mercados de crédito de carbono e biodiversidade mais confiáveis. "Nosso sistema precisa reduzir o custo de capital para o desenvolvimento sustentável, inclusive por meio da transição verde", afirma o documento.
Os líderes afirmam também que o sistema econômico e os países devem entregar mais ao planeta, implementando uma reforma no sistema de bancos multilaterais de desenvolvimento, que precisam captar muito mais recursos. "A redução da pobreza e a proteção do planeta são objetivos convergentes", disseram.
Foi pontuado também que é preciso acompanhar o progresso pelo desenvolvimento sustentável por meio de novas métricas, e os países vão se debruçar sobre novos instrumentos de prestação de contas para garantir que todos estão trabalhando. Os países se comprometeram em aumentar os investimentos de longo prazo em todos os lugares. "Não haverá transição se não houver solidariedade entre países, oportunidades econômicas e crescimento sustentável para todos", pontuaram os autores.
Além de Lula, Biden e Macron, assinaram o documento o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michael, a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o presidente do Quênia, William Ruto, o presidente do Senegal, Macky Sall, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
Fonte: Estadão
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