domingo, 30 de abril de 2023

Damares e Izalci estão entre os 42 senadores que pediram para visitar Torres. Veja lista

Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, é convidado a prestar esclarecimentos sobre morte de crianças da etnia Yanomami por ação de garimpeiros na Câmara

Na última semana, o senador Rogério Marinho (PL-RN) apresentou um pedido assinado por 42 senadores da República que querem visitar o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres na prisão. Entre os assinantes estão Damares Alves (Republicanos/DF) e Izalci Lucas (PSDB/DF).

Hamilton Mourão (Republicanos/RS) e Marcos Pontes (PL/SP) também assinaram o pedido. Ambos são ex-participantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assim como Torres.

O pedido foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os senadores argumentam que Torres não recebe visitas desde que foi preso, em 14 de janeiro, acusado de suposta omissão diante da invasão às sedes dos Três Poderes, no dia 8 daquele mês.

Depois que o pedido foi protocolado, a Suprema Corte deu cinco dias para que a defesa do ex-secretário se manifeste.

Veja a lista completa dos senadores:

Visita Anderson Torres by Felipe Torres on Scribd

O segundo vice-presidente do PL, deputado federal Capitão Augusto (SP), chegou a solicitar autorização para a visita antes dos senadores, mas, na terça-feira (25/4), o ministro do STF Alexandre de Moraes negou o pedido.

Na decisão, o integrante da Suprema Corte afirmou que o Capitão Augusto não tinha “intenção de [fazer uma] visita institucional, para fins de atividade parlamentar, mas tão somente ‘uma breve visita de cortesia’”.

Quadro de saúde

O ex-ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL) apresenta quadro depressivo grave, segundo os advogados. Em resposta a uma intimação do ministro do STF Alexandre de Moraes — relator do processo que investiga a suposta omissão de Torres em 8/1 —, a defesa do ex-secretário afirmou que ele sofre com “dificuldade cognitiva”.

Moraes havia questionado o motivo pelo qual as senhas fornecidas por Torres não funcionaram no acesso à nuvem das contas pessoais dele.

“É possível que as senhas tenham sido fornecidas equivocadamente, dado o seu grau de comprometimento cognitivo”, disse a defesa.

Os advogados ainda citam que Torres estaria tendo lapsos frequentes de memória. “Nesse cenário, tendo em vista o atual estado mental do requerente, com lapsos frequentes de memória e dificuldade cognitiva, a confirmação da validade das senhas, na hodierna conjuntura, revela-se sobremaneira dificultosa.”

Laudo

Na última semana, um laudo médico sobre o estado de saúde mental do ex-ministro Anderson Torres apontou “piora significativa” de seu quadro psiquiátrico. O documento descreve, ainda, que o ex-ministro de Jair Bolsonaro tem sofrido crises de ansiedade seguidas e crises de choro.

Torres passou a ter acompanhamento em 17 de janeiro, três dias após sua prisão.

Um novo depoimento que Anderson Torres prestaria à Polícia Federal (PF) chegou a ser adiado após a defesa apresentar o pedido de habeas corpus. Ainda não há nova data para a oitiva.

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