O Palácio do Planalto confirmou a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China em 11 de abril. O petista iria ao país asiático em 25 de março, mas cancelou a comitiva depois de receber o diagnóstico de pneumonia. Após o cancelamento, ambos os governos estavam articulando uma nova data. O Planalto, então, sugeriu 11 de abril, e a China deu o sinal verde.
Desde então, Lula tem despachado do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Segundo fontes, o petista deve voltar a despachar do Planalto na próxima segunda-feira (3). Ele deve manter agendas similares nessa nova viagem.
Em encontro nesta semana com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Lula voltou a convidá-lo para a viagem. O parlamentar sinalizou positivamente ao convite, mas ainda não confirmou de modo oficial.
A principal agenda de Lula no gigante asiático será o encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. A expectativa é de que a reunião aconteça entre os dias 13 e 14. Entre os assuntos que devem ser tratados na viagem, estão a invasão russa à Ucrânia, saúde, meio ambiente, indústria e a reforma de fóruns multilaterais, como o Conselho de Segurança da ONU.
Na primeira tentativa de agenda na China, uma das integrantes seria a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que vai tratar da parceria aeroespacial com o país asiático, cujo interesse também é lançar mais um satélite. O R7 apurou que há intenção, por parte de representantes chineses, de expandir o parque nuclear brasileiro, inclusive com aportes para obras de Angra 3 e a construção de outras usinas.
"A expectativa é de que a gente consiga produzir um novo satélite, pelo estágio em que a gente já está de desenvolvimento tecnológico do projeto, ainda no governo Lula, e entregar outro satélite dessa constelação", afirmou ao R7. O foco, segundo a ministra, seria "para a área climática, para o monitoramento da Amazônia".
Dilma na China
Lula articula também para comparecer à cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), banco dos países do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Não há, ainda, data para o evento.
A petista foi sabatinada pelas autoridades estrangeiras ao longo deste mês, depois que o NDB comunicou o início da troca de comando. Ela substitui o diplomata e economista Marcos Troyjo, indicado pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
Dilma terá um salário equivalente a R$ 220 mil mensais. A ex-presidente ainda terá acesso a benefícios como assistência médica, auxílio-viagem e subsídios para mudança. A sede do banco fica em Xangai, na China.
Fonte :Plínio Aguiar, do R7 em Brasília.
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