Não é de hoje que duelam correntes que tentam apresentar provas de quem surgiu primeiro, se foi o homem ou o Estado. É bem verdade, que se entende por Estado o que os gregos chamavam de Pólis e os romanos de Respública, vez que, o termo é atribuído ao famoso Secretário de Florença.
Historicamente, o Estado brasileiro tem tradição, paternalista, além de sobreviver ancorado no termo weberiano denominado de patrimonialista. As terminologias, talvez nos ajudem entender melhor os caminhos percorridos pela população brasileira e o discurso muito presente, oriundo de alguns governantes de que se deve cuidar das pessoas. Ora, o que se denomina cuidar, na verdade, é garantir, pois quando o poder público desenvolve as chamadas políticas públicas, garante aos cidadãos uma melhor qualidade de vida, onde questões como saúde, moradia, segurança e educação sendo tocadas, não se deve entender que os governantes estão cuidando das pessoas, mas garantindo direitos. É dever do Estado oferecer ao indivíduo uma vida de qualidade e isso não é um favor, mas um direito. Acontece que por conta da ausência de políticas públicas em que o indivíduo se sinta cidadão, o pouco da entrega dos governantes à população, faz com que muitos acreditem que estão sendo agraciados. E assim, alguns líderes sobrevivem eleitoralmente, apresentando-se como fieis defensores do povo. Na verdade, tiram proveitos da situação calamitosa.
P. S. Sugestão de leitura: Art. 29 do Código Penal Brasileiro.
Olinda, 28 de janeiro de 2023.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.
Fonte: Blog do Elielson.
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