Se considerarmos a ascensão de Jarbas Vasconcelos em 1998 até o fim do ciclo do PSB que se encerra este ano, temos um hiato de 24 anos. Neste espaço de quase duas décadas e meia, a Assembleia Legislativa de Pernambuco, em que pese a possibilidade de termos presidentes diferentes a cada biênio, teve apenas quatro presidentes eleitos e que ficaram no posto de forma definitiva, não contabilizando, portanto, aqueles que tiveram mandatos-tampão.
Neste contexto, José Marcos de Lima iniciou este ciclo, ficando no posto entre 1999 e 2002, até a ascensão de Romário Dias que ficou entre 2001 e 2007 por três mandatos, quando passou o bastão para Guilherme Uchoa, que tornou-se o mais longevo presidente da Alepe, ficando de 2007 até 2018, quando faleceu no exercício do sexto mandato como presidente. Após um período de apenas trinta dias em que Cleiton Collins ficou no cargo de forma interina, Eriberto Medeiros foi eleito presidente da Alepe naquela ocasião para um mandato-tampão e conquistou mais dois mandatos como presidente.
Com a vitória de Eriberto Medeiros para a Câmara dos Deputados, que também teve o primeiro-secretário Clodoaldo Magalhães igualmente eleito deputado federal, a Casa Joaquim Nabuco será ocupada por um novo presidente e um novo primeiro-secretário a partir de fevereiro, e as articulações pelas duas vagas estão a pleno vapor. Um grupo composto por trinta parlamentares se reuniu para tratar da sucessão de Eriberto Medeiros e começa a esquadrinhar opções para apresentar à governadora eleita Raquel Lyra.
Neste contexto está tanto a presidência quanto a primeira-secretaria, que terão novos protagonistas a partir de fevereiro. A vaga do Tribunal de Contas do Estado, ocupada por Teresa Duere, ficará livre no meio de 2023 pela aposentadoria da atual conselheira, e certamente a indicação deverá levar em conta a formação da nova mesa diretora da Alepe, pois quem não for contemplado para as vagas de comando da Casa Joaquim Nabuco naturalmente estará no páreo para integrar o TCE. A sorte está lançada para os pretendentes.
Protagonismo – A cada dia que se passa fica mais evidente que o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin terá um papel de protagonismo ao longo dos próximos quatro anos no governo Lula. Além de coordenador da transição, Alckmin tem feito o papel de interlocutor com o Congresso Nacional nas questões relacionadas ao Orçamento Geral da União de 2023.
Arthur Lira – Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira já iniciou as tratativas com o governo eleito no sentido de garantir a governabilidade. O parlamentar tem grandes chances de continuar presidindo a Casa pelos próximos dois anos com o aval do novo ocupante do Palácio do Planalto.
Fortalecimento – O grupo da prefeita de Ipojuca, Célia Sales, saiu bastante fortalecido com a reeleição do deputado estadual Romero Sales Filho (União Brasil) e com a votação dada a Raquel Lyra na cidade. A governadora eleita atingiu 32 mil votos em Ipojuca, sendo majoritária. Romero foi reeleito com mais de 64 mil votos, dos quais 21 mil foram na cidade.
Inocente quer saber – Quem ficará com a incumbência de ser o líder da oposição ao governo Raquel Lyra na Alepe?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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