Na convenção que homologou sua chapa para a batalha da reeleição, ontem, no Rio, o presidente insistiu no tom de enfrentamento aos três ministros do Supremo Tribunal Federal que batem de frente com o seu Governo – Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Logo, foi acusado pela oposição de usar termos golpistas em sua fala, aplaudida em coro uníssono pelos seguidores que lotaram o Maracanãzinho.
Ao mencionar o STF, recebeu manifestações favoráveis dos apoiadores, que gritavam “Supremo é o povo”. “Hoje, vocês sabem também o que é Supremo Tribunal Federal. Montamos o nosso ministério. O nosso povo hoje tem conhecimento. Sabe pelo que deve lutar. O poder emana do povo se o povo bem escolher os seus representes”, afirmou.
Bolsonaro convocou seus apoiadores para participar de ato no próximo 7 de setembro: “Nós não vamos sair do Brasil! Nós somos a maioria. Nós somos do bem. Nós temos disposição para lutar pela nossa liberdade e pela nossa pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo no 7 de setembro vá às ruas pela última vez. Vamos às ruas pela última vez!”.
Ele também acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na disputa, de querer “liberar as drogas e o aborto”, embora o petista nunca tenha feito afirmação definitiva sobre esses temas. Mencionou, ainda, Cuba e Venezuela para criticar Lula: “Quando se fala em poder de povo, alguém acha que o povo cubano ou venezuelano não quer a liberdade? Querem a liberdade. Tem? Não. Mas por que chegaram a esse ponto? Escolhas erradas. Somos escravos das nossas decisões.”, afirmou.
Reação da oposição – Tão logo acabou a convenção, o presidente foi bombardeado pelas principais lideranças de oposição. “O que o Bolsonaro fez hoje no Maracanãzinho, mais uma vez, foi um discurso golpista”, afirmou Guilherme Boulos (Psol). “Ele diz isso porque sabe que vai ser preso. O Bolsonaro está no modo desespero”, acrescentou. Segundo ele, essa deve ser a tônica do presidente até a eleição.
A estrela de Serrita – Na Missa do Vaqueiro, ontem, em Serrita, disputada como palanque eleitoral por quatro dos cinco pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, quem de fato roubou a cena foi o forrozeiro Flávio Leandro. Corajoso, fez seu protesto pessoal contra o “arrumadinho” para privilegiar bandas de duvidoso gosto pelos organizadores do evento ao cancelar sua participação. Foi aplaudido pelos seus fãs e bombou nas redes sociais.
Pura cascata – Um site de Brasília chegou a noticiar, ontem, que o ex-presidente Lula deu aval ao PT para queimar Teresa Leitão, pré-candidata ao Senado na chapa de Danilo Cabral, pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSB. No lugar dela, entraria o deputado Luciano Bivar, pré-candidato do União Brasil ao Palácio do Planalto. A “barriga” (notícia falsa) foi de tamanha grandeza que a Frente Popular nem deu bolas. A assessoria de Bivar, ouvida pelo blog, disse tratar-se de uma fake news.
Deserto de quadros – Ninguém entendeu a escolha de Isabel Urquiza, filha da ex-prefeita de Olinda, Jacilda Urquiza, como pré-candidata à vice-governadora na chapa de Anderson Ferreira, pré-candidato do PL ao Governo do Estado. Na verdade, todos os pré-candidatos estão enfrentando dificuldades de fechar suas chapas porque Pernambuco, diferente do Ceará e da Bahia, virou um deserto em termos de renovação de lideranças.
Super convenção – Para dar a volta por cima do amadorismo observado nos atos que Lula participou em Pernambuco ao longo da semana passada, o PSB prepara uma convenção para ficar na história em termos de mobilização, destinada a homologar a chapa de Danilo Cabral ao Governo do Estado. Está agendada para o próximo dia 5, prazo final permitido por lei para atos dessa natureza. “Vai ser a arrancada da vitória”, prevê o deputado federal Milton Coelho, candidato à reeleição.
CURTAS
RECORDISTA – No Sertão do Pajeú, por onde passou nos últimos dois dias, antes de prestigiar a Missa do Vaqueiro em Serrita, a pré-candidata do Solidariedade ao Governo do Estado, Marília Arraes, arrebatou uma penca de apoios. A direção do PSB que se cuide. É no Pajeú que irá pipocar, daqui para frente, o maior número de adesões de políticos do PSB com mandato.
SEMANA D – A semana começa com os olhos da mídia voltados para Raquel Lyra, pré-candidata tucana ao Governo do Estado, a única que não conseguiu sequer escolher seu vice.
Perguntar não ofende: Priscila Krause vai jogar sua reeleição pela janela para entrar em aventura?
Fonte:Blog do Magno Martins.
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