sábado, 25 de junho de 2022

Efeito zero das pesquisas

 


O jogo eleitoral ainda não começou. Esse cipoal de pesquisas que vem sendo divulgadas, a maioria patrocinada pelo mercado financeiro, não tem importância alguma. Serve apenas para gerar manchetes e atender aos interesses de quem as patrocinam. A massa do grande eleitorado está muito distante do ambiente da sucessão presidencial.

Os que hoje dizem que votam em determinado candidato, amanhã podem mudar, a depender do curso da campanha. Segundo a última pesquisa do Datafolha, o instituto que teve um dos maiores índices de desacertos na eleição passada, mais de 30%, admitem trocar de candidato nestes cerca de cem dias que antecedem a eleição. 

Entre as mulheres, o índice de indecisos é de 34%. Já entre os homens, 24% afirmam que podem mudar o voto para o Palácio do Planalto. Entre o eleitorado mais jovem, da faixa dos 16 aos 24 anos, chega a 39% o percentual dos que afirmam que a escolha para o Planalto ainda pode mudar. O mesmo índice cai para 32% entre as pessoas de 25 a 34 anos; para 28% dos 35 aos 44 anos; para 25% dos 45 aos 49 e para 27% entre os brasileiros de 60 anos ou mais ouvidos pelo mesmo instituto. 

Os primeiros dados da pesquisa, que no primeiro turno apontam vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de 19 pontos sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 47% a 28%, foram divulgados na última quinta-feira. Se considerada a renda familiar mensal dos eleitores consultados, o percentual de indecisos é de exatos 30% entre quem vive com até dois salários mínimos e também entre os que vivem com dois a cinco salários. E cai para 26% entre os eleitores com renda familiar de cinco salários ou mais, inclusive os que afirmam ter renda superior a 10 salários.

Desconhecimento - Dos 2.556 brasileiros que responderam à pesquisa do Datafolha, 2% disseram não conhecer Lula. Já Bolsonaro é desconhecido para 4%. E Ciro Gomes (PDT), que está em terceiro lugar nos mais recentes levantamentos, não é conhecido por 14% dos entrevistados. Os pré-candidatos que disputam a quarta colocação na preferência do eleitorado são desconhecidos da maioria, de acordo com a pesquisa. O índice dos que dizem não conhecer a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é de 77%; o do deputado federal André Janones (Avante-MG) é de 75%; o do deputado federal Luciano Bivar (União Brasil-PE) é de 81%; e mesmo o nome do ex-ministro General Santos Cruz (Podemos) é desconhecido por 84%.

O língua solta - O Ministério da Defesa e as Forças Armadas apresentaram notícia-crime contra o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) por críticas feitas à atuação dos militares na Amazônia. Em entrevista à rádio CBN, o presidenciável afirmou, na última terça-feira, que as Três Forças são coniventes com o crime organizado na região e responsabilizou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao comentar o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, Ciro definiu a região amazônica como uma “holding do crime” graças à gestão do governo Bolsonaro. 

Foi avisado - O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi gravado em um grampo, autorizado pela Justiça, confirmando que conversou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de ser preso, e depois liberado, na operação Acesso Pago da Polícia Federal. A TV Globo conseguiu a transcrição da conversa telefônica de Ribeiro com uma de suas filhas no dia 9 de junho. Na ligação, ele cita o termo "busca e apreensão" semanas antes da operação, realizada na quarta-feira passada. 

Lado da pobreza - Um dia após a pesquisa Datafolha revelar que, se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria a disputa ainda no primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não quer que o Brasil caminhe para o lado da esquerda. "Não queremos que o nosso Brasil caminhe para o lado da esquerda, onde a única certeza é a pobreza, é a miséria, é a desesperança", afirmou durante discurso em cerimônia de entrega de moradias do programa Casa Verde e Amarela, ontem, em João Pessoa. 

Lula, o corrupto - Os eleitores do Distrito Federal associam mais a palavra corrupção ao nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que ao presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), segundo pesquisa exclusiva Metrópoles/Ideia, divulgada ontem. Quando questionados sobre o grau de concordância com a frase “Você acha que Lula é corrupto?”, 46,1% dos entrevistados disseram que sim. Quando a pergunta se referia a Bolsonaro, 32,6% responderam afirmativamente. Em contrapartida, 34,8% não acreditam que Bolsonaro seja corrupto. O percentual de Lula nesse quesito é de 28,8%.

CURTAS 

CREMADO - Sob clima de forte comoção e marcado por orações e rituais indígenas, o corpo do indigenista Bruno Pereira, assassinado durante uma expedição no Vale do Javari, na Amazônia, foi cremado, ontem, no final da tarde, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. Ele deixou a esposa e três filhos. 

DAMA DO TEATRO - Os familiares, amigos e admiradores de Geninha da Rosa Borges poderão participar da despedida da atriz, diretora teatral e educadora, que morreu, na última quinta, aos 100 anos de idade, no Recife. O velório ocorrerá das 9h às 16h deste sábado, no Teatro de Santa Isabel, no centro da capital pernambucana. 

Perguntar não ofende: Depois de Miguel, que escolheu Alessandra Vieira, Raquel vai sinalizar para o anúncio de Priscila Krause como sua vice? 

Fonte:Blog do Magno Martins.

Nenhum comentário:

Postar um comentário